167. Capítulo 56 - Tudo se Tornou Realidade - 2ª parte

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Capítulo 56 – Tudo se tornou realidade – 2ª parte


Genevieve


Fiz sinal para que ela me seguisse e abri caminho para fora do prédio com meu rifle pronto em minhas mãos. — Imogen — eu perguntei em meu rádio — você está me ouvindo? — E finalmente houve uma resposta. — Você viu a Echo? Câmbio.

— Não — respondeu a voz de Imogen. — O que está acontecendo?

Olhei para Mal, em uma tentativa de não deixar transparecer minha frustração. — A merda acabou de atingir o ventilador. Vá para o arsenal. — Entretanto, ao dizer isso, lembrei-me de outra pessoa que ainda não tinha visto hoje. Jed atacava as pessoas que amamos, e eu estava tão acostumada a ficar sem meu irmão que não tinha pensado nele até agora. — Micah, você está perto de um rádio? — Eu perguntei, sabedora de que ele andava com April e com Samuel, que compartilhavam um.

Nos poucos momentos que antecederam a resposta, quase comecei a surtar de novo, mas então a voz dele questionou: — sim, por quê?

Suspirei aliviada. — Por nada — eu respondi, querendo que ele ficasse o mais longe possível disso — permaneça no complexo médico. Câmbio. — E com uma respiração esperançosa, perguntei mais uma vez: — Echo, você está me ouvindo? — Nada.

— Quem é Echo? — Perguntou Mal, ao acompanhar meu ritmo. — Sua namorada ou algo assim?

— Uh — eu murmurei, ao olhar ao redor enquanto nós caminhávamos, procurando por algum dos homens de Jed e me certificando de que não havia ameaças imediatas. — Namorada.

Mal parecia ter percebido minha tensão, pois havia colocado uma flecha em seu arco. — Era sobre ela que Jed estava falando? Ontem à noite? — Assenti com a cabeça, tirando a chave do pescoço quando chegamos ao arsenal. — O que ele fez com ela?

Eu tentava abrir a fechadura, mas com essa pergunta parei e encostei minha testa na porta. — Eu não sei — eu murmurei, fazendo o possível para ignorar a sensação de afundamento em minhas entranhas. Eu tinha que me preocupar com Casey. Por enquanto, tudo o que eu podia me permitir acreditar era que Echo havia desligado o rádio porque estava chateada comigo. — Ela surtou comigo essa manhã — eu admiti — não quis me contar nada.

— Mas você a viu hoje de manhã — Mal ofereceu com um meio sorriso amigável. — Então, isso é bom.

Eu simplesmente assenti, relutante em contar a Mal como tudo era complicado. Como o fato de Echo ter sido uma invasora. Echo nunca se voltaria contra nós. Era impossível que ela o fizesse, porque eu a conhecia melhor do que isso. Ela era melhor do que isso. Porém, Jed havia dito que ela iria embora com eles por vontade própria. E se ele tivesse usado toda a culpa que ela ainda tinha para convencê-la de que não merecia estar aqui, comigo?

'Droga, Echo, onde você está?', Indaguei-me.

O som de um motor a diesel dobrou a esquina e, um momento depois, Blake chegou em uma camionete e a estacionou em frente à porta do arsenal. Imogen também chegou, parecia imediatamente preocupada com o fato de abrirmos o arsenal.

— O que está acontecendo? — Perguntou ela, com o olhar confuso caindo sobre Mal. — Olá, eu sou Imogen.

— Mal. — A jovem mulher estendeu a mão, mas o aperto foi interrompido quando Blake passou entre elas e entrou no arsenal para pegar um engradado de munição.

— Jed está mantendo Casey como refém — eu disse a Imogen. — Ele quer tudo o que está no arsenal.

As sobrancelhas de Imogen se franziram e ela observou Blake carregar outra caixa na caçamba da caminhonete. — Vamos dar tudo a ele?

Caronte Atraca À Luz Do DiaOnde histórias criam vida. Descubra agora