77. Capítulo 25 - Luta para Sobreviver - 3ª parte

19 5 45
                                    


Capítulo 25 – Luta para sobreviver – 3ª parte


Genevieve


— Ela fica — afirmei categoricamente.

— Tenente — ele protestou. — Ela não é...

— Ela fica! — Eu gritei com ele com raiva e, quando ele saiu da tenda, olhei particularmente para os integrantes do Esquadrão Home, desafiando-os a discutir o assunto. Ninguém disse nada em protesto, então retomei deliberadamente: — Prós de limpar uma base?

— Proteção — listou Blake. — Prédios reais, casas reais, ou pelo menos um hotel. Um hospital.

— Campos de grama para cultivar — acrescentou o Tenente do Segundo Pelotão.

— Contras? — O Capitão perguntou, e todos nós nos olhamos, ninguém tinha nada de negativo a dizer. Todos nós sabíamos do risco de garanti-lo, mas valeria a pena. — Todos a favor? — Todos concordaram, então o comandante se inclinou sobre o mapa e o estudou em silêncio enquanto todos nós o observamos. — Está muito longe, mas acho que devemos tomar Fort Mayor — disse ele por fim, ao apontar para um local de terra na Interestadual Setenta, perto de Pittsburgh. — Tem todos os edifícios que queremos, mas é pequeno o suficiente para ser o mais fácil de limpar e o mais fácil de manter sob vigilância. Se não me falha a memória, tem até um rio que passa por lá em busca de uma fonte de água fresca. — Mais uma vez houve acenos por todos os lados. — Barns — o Capitão se dirigiu ao Tenente do Segundo Pelotão: — Quero que você prepare seus homens para vasculhar a base. Você pode sair logo pela manhã, se todos estiverem prontos. Estritamente reconheçam o local, não entrem em ação, a menos que você tenha que fazê-lo.

— Sim, senhor — Barns assentiu com a cabeça.

— Vocês estão livres para ir — disse o comandante a todos.

No entanto eu queria ficar, então olhei para Blake enquanto todos saíam. — Você poderia levar Echo de volta para a tenda? — E para que somente ele visse, eu balbuciei 'Kellan'. Ficava cada vez mais claro que o problema de Kellan com Echo não seria resolvido e, independentemente se eu a odiava ou não, eu não tinha certeza do quão furioso ele ainda estava. Eu não queria que ela fosse deixada sozinha.

Depois que a barraca se esvaziou, o capitão me deu um pequeno sorriso. — Como você está se aguentando?

— Tudo bem — eu respondi com um encolher de ombros e, em uma tentativa de não soar argumentativa, questionei: — Por que você não está nos mandando para o reconhecimento? — Meu pelotão quase sempre lidava com as missões mais perigosas em termos urbanos. E essa definitivamente parecia uma dessas.

O Capitão parecia saber o que eu estava a pensar, porque ele deu uma risadinha. — Vocês ainda continuam a ser meu pelotão de estrelas — ele me tranquilizou. — É por isso que eu preciso de vocês aqui, protegendo o acampamento enquanto o Segundo Pelotão está na missão de reconhecimento. Vou mandar vocês para a varredura, não se preocupe. — Sorri de forma envergonhada, em uma tentativa de pensar no que dizer. — O que foi aquilo? Com Kellan?

Senti minha frustração anterior voltar à tona, entretanto, ao contrário dos últimos meses, não foi com a invasora. Foi com Kellan. — Ele tem problemas com Echo — respondi vagamente. — Vou conversar com ele.

O Capitão assentiu, e vendo que não parecia que ele tinha mais nada a dizer, eu me levantei e me despedi. No momento em que saí da tenda do comandante, marchei até a cabine médica com a finalidade de procurar por Kellan. Quanto mais eu pensava sobre isso, mais furiosa eu ficava, mas eu tinha que me lembrar que eu tinha que me manter controlada. Ele não era Echo. Eu não poderia ser tão brutal com ele.

Caronte Atraca À Luz Do DiaOnde histórias criam vida. Descubra agora