Capítulo 54 – Estrela Negra – 2ª parte
Echo
Fiquei a olhar para a saída uma última vez enquanto meus pés me levavam na direção oposta. Tratava-se de algo tão estúpido. Entretanto, se eles fizessem algo obscuro, eu precisava saber. Agachada, fui pé por pé até a loja principal. Pelo menos não havia eletricidade nesse prédio, e havia muita sombra para eu me esconder. As vozes estavam a desaparecer nos fundos da loja de departamentos, então segui o som, em uma tentativa de não fazer nenhuma das minhas. Eu os segui até os fundos, na seção de funcionários, onde havia uma saída pelos fundos e alguns escritórios. Os homens abriram a porta dos fundos, deixando entrar um fluxo de luz solar que me cegou temporariamente na escuridão da loja.
Depois que se afastaram, corri para o escritório mais próximo da porta, verificando meus esconderijos antes de estender o braço para a maçaneta da porta. Abri-a com facilidade a partir da cobertura da porta do escritório e espiei pela pequena fresta que havia aberto para o lado de fora, à espera de que meus olhos se ajustassem à luz. Quando eles finalmente se ajustaram, meu queixo se contraiu com raiva.
— Você conseguiu o que o chefe queria? — Perguntou um dos homens que eu havia seguido a outro que estava do lado oposto da cerca.
Tratava-se de um dos invasores, aqueles que Jed havia nos dito que tinha cuidado. Reconheci seu rosto de um breve vislumbre que tive no dia em que fomos ao abrigo de animais.
— Sim — respondeu o invasor.
— Quantos? — perguntou o segundo homem que eu seguia.
— Três.
Os dois lacaios de Jed balançaram a cabeça em negação. — Ele queria seis.
— Fizemos o melhor que pudemos, cara — afirmou o homem, ao dar um passo suplicante à frente, mas recuando quando quase tocou o fio elétrico. — Pagamento?
Um dos homens procurou algo no bolso, porém eu não conseguia ver bem pela fenda da porta. Então, saí do meu esconderijo, aproximando meus olhos da abertura.
— Jogue seu sapato por cima — ele instruiu enquanto tirava um saco plástico do bolso.
O invasor nem sequer perguntou para quê, antes de jogar o sapato por cima da cerca. O homem de Jed enfiou o saco dentro do tênis e o jogou de volta.
O invasor se esforçou para pegá-la quando ela caiu no chão, desesperado pelo que estava dentro, mas quando a puxou para fora, seu rosto pareceu perplexo. — É só a metade.
— Sim? — O segundo homem de Jed perguntou sem rodeios enquanto colocava a mão na pistola em sua cintura, desafiando o invasor a protestar novamente. O invasor não disse nada e, em vez disso, virou-se para ir embora. — É melhor que eles ainda estejam lá quando chegarmos amanhã! — Disse o sujeito atrás dele.
— Eu sabia que você voltaria para pegar o cachorro — comentou uma voz feminina com sotaque, vinda de trás de mim, e isso me assustou tanto que caí ao me virar. 'Que droga'. Tratava-se de Mia, com dois homens grandes ao seu lado. — Pegue-a.
Quando o primeiro homem me agarrou, eu o empurrei e corri para frente, em uma tentativa de passar pelo segundo antes que ele conseguisse me agarrar. Ele conseguiu agarrar um de meus braços e me jogou com tanta força na janela do escritório adjacente que ela se quebrou contra minhas costas. Antes que eu pudesse avançar novamente, o cara que eu havia empurrado bateu com o punho em meu estômago e, quando caí, ele pegou meu braço livre.
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Caronte Atraca À Luz Do Dia
Ficción GeneralHISTÓRIA PARA PESSOAS COM 18 ANOS OU MAIS! Sinopse Seis anos se passaram desde que uma infecção transformou a maioria da população em criaturas ferozes e semelhantes a zumbis que caçam durante o dia, forçando os vivos a um estado noturno de existênc...