Capítulo 18 - Primeira dungeon

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— Hmm... — Alícia se senta passando a mão no rosto. — Ioan?

— Estou aqui — falo me aproximando dela.

Estava sentado com as costas no bote. Alícia se levanta e sai do barco. Mesmo ficando acordado a noite inteira nenhum monstro apareceu, fiquei atento com eles pela minha audição, aparentam estar reunidos em um único lugar. Explico isso para ela.

— Então deve ser uma dungeon — responde.

— Dungeon? — Isso me deixa um pouco animado.

Lucio havia me explicado que existem algumas pertos de cidades, normalmente eles tomam posse e usam como forma de treinar soldados, além de as conhecer de jogos. Não esperava encontrar uma dungeon inexplorada, isso pode ser bom de certa forma.

— Sim, locais onde nascem monstros. — Aparentemente ela acha que eu não conheço.

Apesar de saber do que se sabe ainda é bom saber mais sobre o senso comum deste mundo.

— As dungeons costumam ser muito perigosas? — pergunto.

— Depende — responde.

Ela está transmitindo um ar de confiança, talvez acredite que deu a melhor piada possível. Me sinto até meio mal, mas ela não poderia ser mais clara?!

— Normalmente as pessoas entram nelas? — pergunto.

— Algumas — responde estufando o peito.

Ela está muito feliz de estar sendo útil. Desisto, vou apenas aceitar. Me levanto, tenho que alongar um pouco.

— Ioan vai entrar na dungeon? — pergunta vindo para o meu lado.

— Acho que sim. — Estico meu braço para cima. — É uma boa oportunidade de aumentar meu nível.

— Alícia... — Ela imita os alongamentos. — Também quer.

— Tem certeza, será perigoso? — pergunto.

Ela tem uma forte magia, mas a sua baixa força física é algo preocupante. O que acontecerá se enfrentarmos alguém que me supera em velocidade? Iria conseguir protegê-la em meio ao combate.

— Mas... — Tento argumentar, mas sou cortado por ela.

— Ioan cuidará de Alícia e Alícia cuidará de Ioan. — Ela junta as mãos. — Parceiros.

Terei que aceitar, dependendo da situação posso correr com ela.

— Suba em minhas costas assim como antes, o terreno é muito irregular. — Me abaixo.

— Okay. — Ela sobe.

Entramos na floresta, até chegarmos no rio de ontem o caminho estava fácil, afinal, já havíamos aberto o caminho.

— Vamos beber um pouco de água, você deve estar com sede. — A coloco no chão.

Enquanto ela bebe me concentro em minha audição. Durante a noite a única coisa que poderia perceber é que vinha da floresta.

— Vou lutar enquanto você usa magias de longo alcance — falo.

— Alícia ficará de suporte, Ioan será a vanguarda. — Ela diz.

Termos parecido com os de jogos, até mesmo isso. Esses deuses com toda certeza são otakus. Enquanto penso nisso ouço o som de uma respiração de longe, logo em seguida os batimentos de seu coração.

— Achei.

Mais uma vez começamos a andar. Também pensei em uma forma de fugirmos, Alícia tem magia de terra, junto com a minha poderemos ter uma ótima válvula de escape.

O Recomeço em um mundo de RPGOnde histórias criam vida. Descubra agora