Capítulo 118 - Ainda atrás, mas correndo para alcançá-los

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~Pov Bianca~

— Agora! — grito para os dois em minha frente.

Sacmis e Montu cercam a grande aranha, que tenta atacá-los com suas grandes patas, mas todas param nos grandes escudos, embora ainda conseguisse empurrar para trás os dois. Uma das patas passa pelo ponto cego de Montu e iria acertar sua lateral, mas uma barreira de água aparece no local.

— Deu tempo... Agora... — Me concentro por alguns segundos. — Lança de luz.

A lança dourada aparece sobre minha cabeça, sendo disparada logo em seguida atingindo seu alvo em cheio. Três patas da aranha, junto com parte de seu corpo, do lado direito desaparece completamente com a magia.

Melhorei bastante na conjuração, assim como na força da magia, mas sinto que ainda estou diversos passos atrás de Maria, simplesmente parece que não consigo demonstrar tudo que posso, mesmo dando tudo de mim ainda sinto que posso fazer melhor.

— Essa foi a segunda. — Se aproxima Montu um pouco despreocupado.

Ao contrário de seu irmão, Sacmis andava olhando ao redor, sempre tentando ver se o caminho estava completamente limpo. A verdade, é que ela também costuma ser um pouco desatenta, mas estava dando seu máximo hoje e o motivo disso era...

— O trabalho em equipe de vocês melhorou bastante — diz o vampiro.

— Nas primeiras vezes em que vieram a dungeon era difícil até mesmo observar — completa a pequena garota meio-humana ao seu lado.

Os dois, que não costumavam nem ao menos aparecer na dungeon, estavam junto com nosso grupo hoje, tudo por um comentário de Maria na noite anterior, algo como "Os três estão ganhando experiência de trabalho em grupo, mas ele não acabará sendo quebrado em um combate normal após os outros dois se juntarem?". Depois disso os dois, quase que imediatamente, decidiram vir com nós no dia seguinte.

O local que estamos agora é a dungeon subterrânea que fica embaixo de Tot. Quando chegamos Alícia identificou o poder demoníaco que escapava daqui e subia para o castelo, mas o que não esperávamos era seu tamanho, afinal, a primeira coisa que pensamos quando se fala em dungeon são cavernas estreitas no meio de florestas ou montanhas, porém o tamanho dessa é completamente diferente, uma grande caverna que parece se estender por toda a área da cidade à cima e ainda assim possui andares inferiores.

— Vocês evoluíram bastante nesse último mês... — Ioan diz se aproximando da aranha e a olhando. — Antes de lutar com o demônio, provavelmente poderia morrer para uma dessas.

— Essa é apenas um filhote, o mestre não derrotou três adultas dessa naquela dungeon? — pergunta Sacmis.

— Bem, se levarmos em consideração que quase morri para derrotar a primeira e conseguir derrotá-las usando ataques suicidas. — Ele ri enquanto pula um pouco do sangue venenoso que se escorria pelo monstro abatido.

Atualmente estamos no segundo andar, mas já consigo, juntamente com Sacmis e Montu, descer e andar pelo segundo andar, apesar de ainda ter certa dificuldade com os monstros de lá.

— Está ficando cada vez mais difícil subir de nível — reclamo. — No entanto, acho que não devo exigir demais, trinta e dois níveis no tempo que estamos aqui é muito.

Ioan dá um sorriso sem graça, isso porque sabe que minha reclamação estava mirando em sua direção. Como assim ele pode evoluir sem precisar passar de nível? Isso é muito injusto, ele está se tornando cada vez mais um cheat, está se tornando uma Alícia dois ponto zero.

O Recomeço em um mundo de RPGOnde histórias criam vida. Descubra agora