~Pov Rahra~
Com mais um passo entro para o lado de dentro da barreira. Dois magos ficam atrás de mim, usavam grande parte de sua mana para destruir parte da barreira e criar pequenas passagens para nossos soldados. Este é nosso momento, com a invocação da vampira, em frente a cidade, conseguimos virar o rumo da batalha ao nosso lado.
— Iremos dividir nossas forças ao meio — falo para meu imediato, o homem estava alguns passos atrás de mim. — Vamos continuar tentando passar neste local pela força, com isso vocês terão total liberdade para dar a volta na cidade e invadirem em outras direções.
Sem uma palavra ele se vira e caminha à esquerda, na direção em que outros de nossos soldados já haviam começado a ir.
Diversos de nossos homens haviam começado a passar pela barreira. Primeiro, aqueles que estavam usando escudos, passavam pela primeira camada mágica e levantavam seus escudos, dando liberdade para os magos continuarem seus trabalhos.
— Assim que ganharmos espaço com os escudos mandem alguns espadachins e logo em seguida os arqueiros. — Dou as ordens aos mensageiros e aos soldados ao meu redor, que começam a cumpri-las no mesmo instante. — Depender daquela vampira é algo deplorável.
Ter seu plano de ação escolhido pelo shogun ao invés do meu já era desonra o suficiente. Deixar mais de vinte mil soldados para trás simplesmente para fazer "um ataque mais rápido" parece simplesmente loucura, afinal, somos o maior país do continente e, em números, superamos facilmente o Reino. Até mesmo esta campanha, só foi possível passar por dentro do Reino e ameaçar uma de suas maiores cidades por causa da grande força que possuímos. É muito melhor deixar uma cidade, que nem ao menos se submete a eles, do que entrar em guerra com outra potência.
— No entanto, após ver o poder desta cidade posso entender o porquê dessa ação. — Olho em frente, ocorria uma batalha à quase um quilômetro de distância. — Aquele espadachim é verdadeiramente forte... — Sinto algo me puxando para trás, fazendo com que perdesse o equilíbrio.
— Perdão — diz o soldados que havia me puxado passando para frente e levantando seu escudo. — Ataque a distância.
O som de impactos em seu escudo pode ser ouvido. Não foi uma chuva de flechas, como nos outros locais, porém ainda é quantidade considerável lançada em nossa direção. Às vezes parece que eles possuem mais arqueiros que soldados comuns.
— Apenas mantenham a posição. — Olho para trás e chamo o grupo de soldados que esperava meu comando. — Mesmo com os arqueiros suas forças ainda são escassas.
Após algumas trocas de ataques um dos arqueiros inimigos é morto, enquanto outros se ferem. Suas habilidades também estão abaixo da média, como soldados assim estão dando trabalho as nossas forças? A diferença entre soldados comuns e pessoas com classes superiores é tão grande assim?
Conseguimos avançar pouco a pouco e, com o tempo, os ataques vindos de cima dos muros também ficavam cada vez mais escassos. Os inimigos pareciam estar apenas tentando nos atrasar, atirando aleatoriamente quando tentávamos avançar.
— Atitudes covardes daqueles que entendem suas chances de vitória — comento. — Estão apenas atrasando o fim inevitável.
Para cada um dos nossos soldados caído temos centenas para repô-lo, mesmo sem considerar os vinte mil que ainda estão vindo. Entretanto, o inimigo não pode repor seus números, não importa quantos sacerdotes possuam, no fim todos possuem um limite.
Abro um sorriso olhando para o muro que nos separava da cidade. Mesmo dominando a cidade este combate já pode ser considerado uma grande derrota para nossas forças. Nosso Shogun não irá ficar impune perante o imperador, não importa quanto lucro Tot venha a nos dar.
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O Recomeço em um mundo de RPG
FantasySofrer por causa do erro de outras pessoas, isso resume bem a vida de um jovem garoto, mas mesmo com tudo e todos conspirando contra ele conseguiu sobreviver. Quem iria imaginar que alguém que sobreviveu a praticamente tudo morreria de um jeito tão...