Capítulo 131 - Caçada final

264 41 2
                                    


~Pov Ioan~


— Vamos ficar de fora desse ataque? — diz Alícia emburrada.

— Não fará muito sentido todo meu trabalho se vocês acabarem derrotando o herói kathanako — respondo olhando para trás.

No local, juntos comigo nesse momento importante, estavam as pessoas que estão me apoiando nessa jornada, os companheiros que ganhei nesse novo mundo. Bianca, Montu, Sacmis e Alícia vieram como força de contenção, não irão lutar junto comigo, mas apenas ficar de guarda, para derrotar possíveis fugitivos ou caso ocorra alguma coisa de errado.

Maria, que seria o auto intitulado, último membro desse grupo, não pode vir, pois estava muito ocupada com as preparações para a guerra e também com o problema causado por um certo nobre, que aparenteme estava passando informações para o Império e foi um dos articuladores para a declaração de guerra.

— Então, estou indo... — Chego a beirada do prédio em que estávamos e pulo.

Estávamos atualmente nas periferias da cidade. Antigamente o covil dos kathakanos ficava na área comum dentro dos muros, onde plebeus comuns costumam morar, assim como alguns comerciantes. Depois de derrotar um grupo que agia na área nobre, eles escaparam rapidamente de dentro dos muros e montaram seu novo esconderijo aqui.

Eles não fugiram, então provavelmente acreditam que conseguem sobreviver à um ataque meu, apenas fugiram para não acabar em um cerco meu em conjunto com os soldados de Tot. Isso me deixa feliz, quer dizer que é forte o suficiente para tomar essa decisão.

— Volte logo, está frio aqui em cima! — ouço o grito de Bianca.

Ela poderia apenas usar uma barreira, mas vou deixar isso para lá.

As periferias da cidade era razoavelmente parecido com o restante da cidade dentro do muro, pelo menos no começo, longe das áreas mais ricas e nobres.

Porém, quanto mais longe íamos, mais a situação parecia piorar. Diferente do resto da cidade a maior parte das pessoas daqui não foram embora após o anúncio da guerra, até mesmo começou um projeto em que elas eram realocadas para o mais próximo possível da cidade e dentro dos muros, mas a quantidade era muito grande e muitas pessoas não aceitavam as medidas atuais, pois sempre foram abandonadas pelo governo.

— Tenho que ter o máximo de cuidado possível, não posso causar uma grande confusão ou utilizar ataques que poderiam destruir parte da cidade...

Não estava tão longe do local de destino, mas ainda demorei algum tempo me movendo por becos e caminhos alternativos, além de usar a habilidade de entrar dentro das sombras. Durante o meu tempo de observação vi que diversos kathakanos faziam a vigia pela noite, parecem muito mais organizados do que quando pisei em Tot pela primeira vez.

"Realmente não gosto quando usa essa habilidade, conseguir uma versão inferior da minha me parece um grande desrespeito como sua observadora" ouço a voz de Nahemah mentalmente.

Ela costuma ficar me perturbando sempre que estou dessa forma, até que finalmente saia. Nahemah não costumava falar muito antigamente, aparecendo apenas de vez em quando para fazer comentários idiotas em momentos oportunos, mas parece que desde meu encontro com o demônio e sua ida ao Reino demoníaco, ela pareceu ficar muito mais faladora e costuma se comunicar muito mais, embora seja muito mais para falar coisas desnecessárias do que qualquer outra coisa.

Passo por mais um beco e ao fim ficava em frente há uma simples casa, mas que parecia um pouco maior que as demais, que poderia ser explicado por sua fachada de comercio, ou seja, provavelmente era onde o vendedor guardava sua mercadoria e não era estranho alguns galpões pequenos como esse. Seria um ótimo lugar para se esconder, se não fosse pela magia natural, que aumentava muito minha percepção e existem muitos que não possuem controle o suficiente para esconder suas presenças.

O Recomeço em um mundo de RPGOnde histórias criam vida. Descubra agora