Capítulo 27 - A dupla e a novata

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~Pov Ioan~

Seguíamos caminho pela estrada quando comecei a sentir um cheiro, um pouco de saliva se acumula em minha boca.

— Sinto cheiro de sangue — falo.

— Humano? — Alícia pergunta?

— Sim, temos que correr. — Tiro Alícia de cima dos meus ombros e faço ela se agarrar nas minhas costas — Consegue se segurar?

— Yep.

Coloquei o máximo de velocidade que poderia. O cheiro de sangue estava ficando cada vez mais forte, depois de um minuto chegamos perto o suficiente para ver a cena. Vários trolls estavam ao redor, corpos humanos no chão e uma garota de joelhos.

— Venha atrás de mim, não se preocupe com os corpos dos monstros, apague eles. — Solto Alícia no chão e caminho na frente.

Consigo ouvir alguém falando bem baixo, não consigo identificar o que, mas vem da garota no chão.

Corro em sua direção, entre nós estava um troll, ele parecia muito machucado, não posso derrubar com apenas um golpe, mas... Há algum tempo atrás fiz Alícia carregar comida com ela para emergências, por isso ela acabou me obrigando a fazer o mesmo. Quem iria imaginar que seria útil desta forma? Peguei um frasco de sangue na mochila e o bebi, em seguida joguei o que carregava em um arbusto.

Minha habilidade com a magia de vento está cada vez melhor, agora consigo ver os resultados. A adaga, coberta por magia de vento acerta o troll, que é derrubado com apenas um golpe.

— Ioan?! — Ouço a voz de surpresa de Alícia atrás de mim.

Olho para frente e vejo uma garota, ela parecia ter algo entorno de dezoito anos, cabelo ruivo, um pouco cacheado. Usava uma roupa padrão de aventureira, porém com uma túnica em cima. Esta túnica tinha um capuz, era aquela mesma pessoa de antes.

— Alícia, proteja ela — falo.

— |Muro de terra| — diz Alícia.

Um muro apareceu do lado da garota e parou o ataque de um troll.

Corro para a esquerda, haviam dois trolls no caminho, desvio de seus golpes enquanto contra ataco. Alícia andava calmamente em direção a garota, parecia ter toda a calma do mundo, criava muros de terra para se defender dos ataques de trolls. Enquanto isso meus ataques acertavam pontos vitais dos monstros, pescoço, olho e joelhos eram meus alvos principais.

Depois que dois caíram achei que iríamos vencer facilmente, grande engano, mais eles chegavam um atrás do outro. Alícia, vendo que eu conseguia lidar com os monstros, decidiu ficar protegendo a garota, mas mesmo assim ainda me dava algum suporte, parando golpes e atacando quando eu precisava.

Cerca de vinte minutos depois mais de uma dezena de trolls estava morta.

— Mais algum por perto? — pergunta Alícia.

— Não consigo sentir nada — falo após me concentrar em meu olfato.

A garota não parava de chorar. Talvez por eu e Alícia já termos passado por muita coisa decidimos não falar nada. Sabemos o quão doloroso é ver as pessoas sentindo pena de você, dizem que sabem como é ruim, mas alguém que não passou pela a situação não tem o direito de falar algo assim. Ficamos apenas calados e deixamos apenas ficamos calados ela extravasar.

Depois de algum tempo ela para de chorar, apesar de não ter mais perigos acho melhor tirá-la daqui, vários cadáveres estão ao nosso redor, inclusive ao de seus antigos parceiros.

O Recomeço em um mundo de RPGOnde histórias criam vida. Descubra agora