Sofrer por causa do erro de outras pessoas, isso resume bem a vida de um jovem garoto, mas mesmo com tudo e todos conspirando contra ele conseguiu sobreviver.
Quem iria imaginar que alguém que sobreviveu a praticamente tudo morreria de um jeito tão...
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~Pov Ruby~
— O que está tramando agora? — Mais uma vez a voz fantasmagórica assombra meus ouvidos.
— Mais uma vez? Este tempo que desapareceu foi verdadeiramente maravilhoso, sabia?
Estou agora andando pelas ruas do Império. Por aqui, as coisas são bem diferentes do Reino, homens-besta possuem os mesmos direitos que os humanos e as tribos, embora tenham uma passado de batalhas com o Império, foram completamente aceitas e sua maior parte absorvidas.
— A senhora deseja mais alguma coisa? — pergunta a vendedora em minha frente.
Deixando de lado essa aparição que fica me seguindo volto minha atenção para a mulher em minha frente.
Estou comprando alguns espetinhos de frango.
A mulher em minha frente parece ter algo próximo de quarenta anos, seus cabelos eram lisos e escorridos, assim como seus olhos um pouco puxados, o que mostrava que ela definitivamente era nativa do Império, embora muito dessas características estejam sendo perdidas com o passar do tempo e absorção das diversas culturas que existiam entre ele e o Reino.
Era uma pequena barraca e em sua fachada estavam escritos alguns símbolos, diferentes da escrita do Reino que tem basicamente com vinte e três letras, no entanto, no Império eles usam mais de um silabário, é verdadeiramente complicado escrever e falar em sua língua, mas minha alta idade — e também ter bebido o sangue de nativos —, ajuda bastante.Na placa estava escrito Yakitori.
— Apenas isso mesmo — respondo.
— Cada yakitori custa uma lira, ao total fica doze liras — diz a mulher.
— Hmm... Acabei de chegar no Império, quanto fica em yons?
Como estou próximo da fronteira as cidades aceitam as duas moedas.
— Isso é simples, cada lira custa dez yons, basta multiplicar por dez quando tiver alguma dúvida — explica.
Coloco uma moeda grande de bronze e duas médias em sua mão.
— Espere apenas alguns minutos, já estou terminando de prepará-los — diz.
O cheiro de frango grelhado entra em meu nariz e sua aparência parece verdadeiramente delicioso. A habilidade gastronômica deles parece evoluir sempre que os visito.
Depois de aproximadamente cinco minutos tudo estava pronto, ela coloca os dez espetos em um saco de papel e me entrega.
— Bom apetite.
— Ah, não são para mim — respondo pegando o saco. — Mas tenho certeza que devem estar deliciosos.
