O Recomeço em um mundo de RPG

Capítulo 162 - Guerra de Tot (Parte 17)

~Pov Alícia~

Minha respiração começa a ficar pesada, sinto como se tivesse corrido o dia inteiro. Mesmo estes poucos movimentos parecem ter feito meu corpo atingir um grande grau de fadiga. As armaduras não possuem peso algum, a aura que as forma parece estar com meu corpo, como se fossem uma extensão dele. Entendo perfeitamente cada parte de sua estrutura e sabia que não estava me afetando de qualquer forma negativa, porém o sentimento era de peso, aparentando ter algo pesado sobre mim.

— As informações continuam surgindo... — comento. Lembro-me por um instante de como foi difícil segurá-lo, mas agora nossos papéis foram invertidos. — Esse golpe teria arrancado meu braço antes...

Isso quer dizer que meus ataques, no momento, são mais poderosos do que o daquela besta. A vampira cria distância entre nós duas, entrando em posição de combate após girar sua espada, para apontando-a para mim. Parece estar esperando meu movimento. De acordo com o conhecimento que tenho do combate dos vampiros, graças a Ioan, é que devo ter um cuidado ainda maior com suas mãos, as garras de um vampiro são sua principal forma de ataque.

— Avança com força total, seu tempo está acabando.

Sinto-me um pouco estranha ao ouvir minha própria voz falando comigo, entretanto ela parecia me deixar mais calma, parecido com o que sentia com a ligação de sangue que possuo com Ioan.

Uma pequena luz roxa cobre a armadura, aumentando ainda mais a força da armadura e minhas habilidades no geral. Atualmente acredito que posso dobrar a velocidade máximo que Ruby mostrou. Tudo parece ao meu favor, mas... Ainda tenho o pressentimento de que algo está errado, como se meu adversário estivesse escondendo alguma coisa de mim.

— Se não conseguir a vitória rápido tenho o pressentimento de que serei derrotada.

Olho para a vampira que estava em um péssimo estado, antes de usar essa forma estava ganhando o combate, mesmo assim ela parece tão forte.

~Pov Ruby~

Minha mana está sendo retirada a força do meu corpo, enquanto isso o poder mágico do adversário não para de crescer. No entanto, os poucos segundos em que a garota havia ficado parado, por um motivo que desconheço, foram o melhor dos resultados naquele momento para mim. Pude recuperar minha compostura e traçar um plano de combate.

Entro em posição de combate com espada. Com a ligação que possuo com o Leviatã sei que a besta levou um considerável dano com o golpe anterior. Foi o suficiente para deixá-lo fora de combate por alguns segundos, então provavelmente é capaz de romper minha defesa e me provocar dano interno.

— Está ficando cada vez mais interessante. — Sorrio. Sinto meu sangue correr cada vez mais rápido, meu coração está acelerado após tanto tempo. — Finalmente entendi o sentimento de Belzebu naquele dia.

Em minha frente a armadura negra planava no ar, estava apenas alguns centímetros acima do chão, mas definitivamente voando, assim como anjos ou demônios superiores. Todo seu corpo foi completamente coberto pela escuridão, tendo apenas uma pequena abertura na altura dos olhos, por onde escapava o brilho vermelho de seus olhos.

— Você já deixou de ser humana, está cada vez mais próximo de um demônio... — Meu pé faz um pequeno movimento para o lado, nem ao menos esperei seu movimento, afinal, não poderia acompanhá-lo mesmo que tentasse. — Controle de sangue.

A espada em minha mão treme, voltando ao seu estado líquido em um instante. Neste momento a figura em minha frente desaparece, posso vê-la apenas graças a visão periférica, havia aparecido ao meu lado como se tivesse se teletransportado.