Capítulo 30 - Exigências do desafio

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Estou frente a frente com Sally neste momento. A tensão na guilda chegou ao máximo, parecia que todas as pessoas dentro daquele local estava com suas armas em mãos.

— Isso é interessante. — Sally diz com um sorriso no rosto. — Vamos para a arena — diz alto para que todos possam ouvir.

Um grito de aprovação pode ser ouvido de alguém, logo em seguida pode-se ouvir diversas vozes de incentivo as palavras do aventureiro.

— E...está certo — diz o recepcionista, que estava paralisado com toda aquela cena, finalmente havia conseguido se recuperar e começou a agir. — Caso queiram batalhar deve ser feito em um local apropriado, irei preparar a arena.

Nunca havia ouvido falar de algo assim, provavelmente percebendo minha dúvida o recepcionista decide me explicar.

— Nesta guilda temos uma arena na parte de trás, às vezes organizamos batalhas ao público, mas a maioria das vezes é alugado para aventureiros que desejam resolver seus problemas com combates.

Depois de mais algumas explicações entendo tudo. Os lutadores têm o direitos de fazer uma única exigência ao adversário antes da luta, o perdedor, ao final do combate, além de fazer o que se foi pedido também deverá pagar o aluguel da arena.

— Me parece interessante. — Sally diz com um grande sorriso no rosto. — Eu te desafio, morcego.

Durante sua fala faz uma expressão verdadeiramente nojenta, em seguida olha em direção de Bianca.

— Você será meu prêmio — fala lambendo os lábios.

A garota dá alguns passos para trás recuando em repúdio.

— Você realmente consegue me deixar cada vez mais puto — falo dando um passo e me aproximando dele. — Será que conseguirá fazer esse sorriso escroto depois que os ossos do seu rosto estiverem esmagados?

Todos que estavam na guilda seguem para a parte de trás. A arena era redonda, havia uma raio com cerca de vinte metros, verdadeiramente enorme. Talvez seja feito assim porque existem várias pessoas com magia. Sigo para um lado e Sally vai para o outro.

Enquanto as pessoas iam entrando me sento em um local de espera, Bianca e Alícia se sentam junto comigo para me dar apoio.

— Me desculpem por isso — falo depois de olhar ao redor.

A arquibancada ficava próxima de onde estávamos. Vários aventureiros gritavam ameaças em nossa direção, a maioria dirigido as garotas.

— Não se preocupe com isso. — Bianca fala dando de ombro. — Entendo suas razões, é desagradável dizer... mas senti os olhares de hostilidade quando passei pela porta da guilda. Eles já iriam buscar confusão uma hora ou outra.

Apesar de suas palavras de compreensão ela parecia estar nervosa. Vendo isso a pequena garota ao seu lado, que parecia estar feliz de alguma forma, começa a falar.

— Não há motivos para se preocupar. — Alícia diz animada. Talvez a única de nós que esteja com bom humor no momento. — Ioan vai acabar com aquele cara.

— Claro que vou — respondo sorrindo e fazendo um cafuné em sua cabeça.

Alícia costuma mostrar uma fé inquestionável em mim em momentos de tensão. Isso me deixa feliz, afinal, confiança em seus companheiros pode ser a diferença entre a vida e a morte, mas ela não está me superestimando demais?

Uma mulher chega perto de nós. Usa uma roupa parecida com a do recepcionista que nos atendeu.

— Está na hora. Me siga por favor senhor Ioan. — Sua fala é extremamente formal.

O Recomeço em um mundo de RPGOnde histórias criam vida. Descubra agora