Capítulo 90 - Exterminador de aranhas

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— Essa merda de monstro parece ser de alto nível.

Me reviro no chão, a dor que percorre minha mão é angustiante. Meu único desejo no momento era ficar descansando enquanto minha cura é ativada.

— Elas estão vindo novamente — ouço o espectro falando.

Tento me levantar rapidamente. Por reflexo tento usar a mão esquerda para me apoiar no chão, a dor é insuportável, porém a provável morte, caso não me movesse rapidamente, faz com que consiga usar minhas mãos para me levantar.

Olhando para situação que estou é simples. Tem dois monstros de alto nível tentando me matar, uma única delas foi o suficiente para aumentar meu nível oito vezes e, olhando para minhas mãos, perdi parte da mão esquerda por ter usado a magia de fogo a queima roupa, além das feridas causadas pelo sangue da aranha, que derreteu parte da pele dos dois braços.

"Você está em uma situação complicada" Nahemah comenta.

— Estou sem tempo para suas brincadeiras agora!

O som característico de uma aranha usando sua teia pode ser ouvido. Rapidamente salto para o lado e a teia atinge o local onde estava.

Estou mais rápido, subir do nível doze para o vinte de repente é incrível, minha força quase dobrou e, com os buffs que estou no momento, sou tão forte quanto um vampiro de nível cinquenta, mais forte que Chloe uma vampira com décadas de vida.

Minha cura natural começa a funcionar, graças ao meu nível ter subido meu poder mágico também subiu, o que afeta a cura tornando-a ainda mais poderosa. Porém o sangue delas me queima quando entra em contato com minha pele, não sei ao certo o que causa isso, mas parece algo parecido com um veneno e está diminuindo a velocidade da minha recuperação.

Mesmo tendo conseguido manter todos os dedos da minha mão direita, coisa que não posso dizer da esquerda, ainda será difícil trocar golpes com elas pelo dano que sofri pelo sangue. Preciso de algum tempo.

Uma aranha se mantém no teto, enquanto a outra desce para tentar impedir meus movimentos. Diferente de antes, quando ataquei e machuquei seus olhos, a aranha que ficou no teto não estava tentando me atacar, pois iria acabar atingindo sua companheira assim como fez da primeira vez. Mesmo que pareçam não possuir muita inteligência, ainda parecem ter algum entendimento.

O som de lâminas se chocando — ou melhor, da adaga se chocando contra as patas da aranha —, ecoam na sala vazia. Agora, graças ao aumento repentino do meu nível, elas não conseguem mais me jogar para trás com sua força, pelo contrário, estou empurrando-a um pouco. Porém, seu trabalho em conjunto com o outro monstro parece ter aumentado consideravelmente, toda vez que a empurro para trás ou quando recua do nada, o ataque de teia da segunda aranha é jogado em minha direção.

Essas aranhas são comparáveis a vampiros de nível cinquenta, na verdade, um pouco abaixo disso. Só consegui matar a primeiro porque consegui, literalmente, colocar minhas duas mãos dentro de seu corpo enquanto lançava uma magia, mas...

— Agora é diferente.

A aranha tenta mais um ataque, desvio seu golpe para o lado e giro rapidamente, conseguindo força para atacá-la com um forte golpe em sua pata. Um pouco parecido com o que fiz com a primeira aranha, sua perna fica presa ao meu lado por um pequeno instante e neste momento meu ataque acerta sua perna.

— Acho que consegui me acostumar com minha nova força. — A aranha solta um grito enquanto pula para trás, no entanto, sua perna que havia sofrido o golpe, fica do meu lado, enquanto solta um líquido preto. — Agora tenho força para feri-la sem precisar quase me matar para isso.

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