Capítulo 155 - Guerra de Tot (Parte 11)

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~Pov Chloe~


Paro com Moura em frente a soldados que estão vindo em nossa direção. Diferente de quando era apenas uma aventureira novata, hoje será a primeira batalha real que terei, antes foram apenas algumas missões pequenas de caça a monstros e animais.

— Vampiros? — posso ouvir o comentário de longe.

Fizemos uma entrada chamativa e conseguimos chamar atenção dos aliados enquanto atacamos o inimigo. Parece que agimos no momento perfeito e conquistamos e será mais fácil conquistar a segurança deles assim. Uma mulher, que parecia estar liderando os soldados acima do muro, parece perceber rapidamente nossas intenções, começa a dar suas ordens e focar toda sua força no outro lado.

— Estão colocando bastante confiança em nós — comenta a mulher ao meu lado, tirando seu arco e o preparando.

Retiro a bainha da espada de minha cintura e estendo para frente. Desembainhando lentamente posso ver o brilho da longa e fina lâmina, feita especialmente para meu tipo de combate. Uma pequena gravação pode ser vista tanto em sua lâmina, quanto no cabo da arma, escrita "ILIE".

— Maria deve ter passado ordens telepaticamente. — Me preparo em posição de combate, dobrando um pouco os joelhos e mantendo uma base, mas ainda preparada para correr a qualquer momento. Seguro a espada em uma mão e a bainha na outra. — Precisamos responder a suas expectativas.

Moura caminha para o lado, ficando atrás de mim. Posso ouvir o som da corda sendo puxada, alguns soldados com escudo passavam pela barreira, tentando criar uma cobertura para os magos continuarem trabalhando, enquanto alguns outros pontos pareciam fazer o mesmo. Estavam tentando descer a oeste, lado pelo qual entramos, e onde possui menos tropas aliadas.

— Vai ser um pouco trabalhoso — aviso.

— Vinhemos sabendo da dificuldade — lembra Moura.

Abro um sorriso. Lutar contra humanos pela primeira vez deveria parecer algo aterrorizador para mim, como uma antiga humana, mas estava calma naquele momento. Grande parte disso era causado pela confiança que ganhei ao conquistar novos poderes no treinamento com Artern, no entanto, o senso de dever em proteger pessoas ao qual me importo, mesmo que uma das duas tenha desaparecido, parece me dizer que estava tudo bem lutar, mesmo contra minha antiga raça.

— Vamos...

Quando estou quase começando a me mover novamente sou impedida. Na verdade, todo o campo de batalha parece se acalmar por alguns segundos. Os gritos dos soldados, o choque das espadas e as explosões, tudo para no mesmo instante, como se todos tivessem combinado aquilo, mesmo sendo algo impossível.

— A barreira — diz Moura olhando para o céu.

Não era a barreira de Maria que estava sendo afetada, dessa vez, aquela que sofre uma grande distorção é a barreira inimiga. Está se abrindo, um grande buraco surge em seu centro. Tento me mover para agarrar Moura e correr, porém a dor pelos raios solares nunca nos atingiu. A expressão da mulher em minha frente é de choque.

— O céu... está completamente vermelho — diz olhando fixamente na direção onde havia aparecido o buraco há poucos instantes.

Me viro, olhando na mesma direção. O barreira havia sido aberta em um grande círculo, porém o que podia ser visto não era o azul do céu e sim um vermelho sangue. O poder mágico de Ruby, que se destacava entre todos, fica ainda maior, transmitindo um sentimento sinistro. Pressão mágica era diferente, também conseguia senti-lo por completo, demonstrando que não é inalcançável para mim, entretanto o medo parece estar sendo enraizado em meu corpo, me sinto sufocada.

O Recomeço em um mundo de RPGOnde histórias criam vida. Descubra agora