~Pov Chloe~
Nos aproximamos da cidade o mais rápido que posso. Uma pequena abertura surge na barreira quando nos aproximamos, assim conseguimos entrar na cidade. Havíamos dado a volta na cidade e entramos pelo leste, evitando as batalhas que aconteciam mais ao norte dessa forma. Ainda podiam ser vistos alguns poucos soldados vigiando o local.
— Maria... — Dou uma pequena engasgada quando começo a falar. — Ficou um pouco mais poderosa desde que nos vimos pela última vez — falo olhando em frente. Em nossa frente estava uma grande cidade, completamente diferente do que havia escutado dela. — Uma barreira que pode cobrir todo uma cidade...
— Sua amiga é um pouco assustadora — diz Moura tremendo um pouco enquanto andava ao meu lado. Entendo seu sentimento, meu choque é ainda maior.
Em nossa frente se estende uma volumosa quantidade de casas. Sua maior parte parecia pertencer a pessoas com uma renda financeira consideravelmente alta, pelo menos olhando em frente, a nossa esquerda pareciam que as casas ficavam menores de acordo com que distância aumentava. A direita parecia ser a área nobre, lá estavam grandes mansões e, se destacando das demais, um grande castelo. O poder mágico de Maria vinha daquela direção.
— E pensar que alguém iria acabar se tornando a rainha de um país fugindo de sua realeza — suspiro e dou um sorriso sem graça olhando na direção do castelo. — Deve ter passado por muitas coisas durante esse tempo e não pude fazer nada.
Voltamos a andar um pouco mais rápido, afinal, uma batalha estava ocorrendo e não podíamos nos dar ao luxo de conhecer a cidade. Passamos pelas desertas ruas. Até mesmo me lembrava um pouco do reino vampírico, onde quase não se podia ver pessoas andando, contrastando bastante com as diversas cidades humanas que passamos à caminho daqui.
As portas do castelo, com quatro ou cinco vezes o tamanho de um humano comum, são abertas com um simples empurrão. Um grande salão aparece, estava completamente escuro, entretanto completamente arrumado, como se tivessem saído sem pressa alguma. Duas escadas duplas contornavam uma estátua e seguia para um dos andares superiores, em cada uma das paredes laterais havia dois corredores e em frente, na parede onde passavam as escadas, tinham mais dois, um de cada lado.
— Não posso sentir seu poder mágico — comenta Moura olhando ao redor, procurando o caminho correto.
Dou um passo em frente e a caçadora segue meus passos. Está me dando a liderança. Sou a única que pode sentir o poder mágico de Maria. Aparentemente estou conseguindo sentir por causa da conexão mágica que fez comigo, antes de ser "permitida" por sua habilidade, não podia sentir um único resquício de magia, mesmo com seu poder mágico sendo maior que a média dos combatentes à poucos quilômetros.
Entrando na sala olho para a estátua novamente. Não havia conseguido ligar os pontos quando estava à caminho de Tot, mas após ter uma breve conversa com Maria pude finalmente entender o que havia acontecido depois de Joe me deixar para trás. Mentir sobre minha morte dessa forma. Sinto meu rosto esquentar um pouco e aperto com força os dentes.
— Deveria tê-lo matado naquela hora — resmungo.
Moura, que estava ao meu lado, dá um passo para trás por algum motivo.
— Consigo senti-la. — Me concentro um pouco, deixando de lado outros pensamentos por um instante, ao chegar ao centro da sala. Estava sentindo sua magia vindo da esquerda, no primeiro corredor. — Vamos, estou ficando com nojo dessa sala.
Caminhamos por um longo corredor e ao seu fim, após passar por diversas outras portas e corredores, chegamos à uma luxuosa porta. Era completamente diferente das demais, mesmo que fossem luxuosas o suficiente para cada uma delas custar uma pequena fortuna.
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O Recomeço em um mundo de RPG
FantasiSofrer por causa do erro de outras pessoas, isso resume bem a vida de um jovem garoto, mas mesmo com tudo e todos conspirando contra ele conseguiu sobreviver. Quem iria imaginar que alguém que sobreviveu a praticamente tudo morreria de um jeito tão...