Capítulo 159 - Guerra de Tot (Parte 14)

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~Pov Alícia~


Com a destruição da entrada diversos escombros foram derrubados em cima de mim. Alguns raios de luz ainda passavam por entre os pequenos vãos, deixando o pouco espaço que possuía iluminado, mesmo coberto completamente pelos destroços.

— Meu braço quase foi arrancado por aquele monstro — suspiro.

O lado direito do meu corpo está completamente paralisado, pode ter algum tipo de veneno em suas presas. Olho para o lado, um grande pedaço de osso, de quase um metro, estava caído. Se não tivesse conseguido quebrar sua presa... Até mesmo pensar no que poderia ter acontecido me faz tremer de medo, afinal, quase havia sido cortada ao meio. Colocando a mão por cima do ombro direito posso notar a cura, que havia sido ativada, começando a fechar os ferimentos aos poucos.

Tento colocar força em meu braço esquerdo, levantando meu tronco por alguns centímetros, no entanto, não importava quanta força estava colocando, meu corpo não podia ser movido. Fazia algum tempo que não havia chegado ao limite desta forma. Uma fraca risada acaba saindo inconscientemente.

— Acho que preciso me desculpar para eles depois... Disse que iria segurar ela...

Fecho os olhos, o escuro, antes fraca por causa dos feixes de luz, domina completamente.

— Socorro! — Uma voz masculina. Não a conhecia, provavelmente apenas um de nossos soldados. — Não, por favor... — Sua voz é interrompida com um grito de dor, juntamente com um forte impacto.


~Ataque noturno~


Chamas negras continuavam espalhando-se pelo local onde antes estava o acampamento inimigo. O ataque os pegou desprevenidos, atingindo grande parte dos soldados, que estavam preparando-se para seu próprio ataque. No entanto, como esperado dos soldados do Império, onde a única forma ter uma melhora de vida está na carreira militar, mesmo com o ataque surpresa conseguiram montar uma barreira e salvar parte de suas forças.

— O poder mágico deles... — diz Ioan, começando a nos descer em direção ao chão.

— Diminuiu quase a metade — respondo.

— Perderam menos da metade — comenta o vampiro. — Isso quer dizer que o alto escalão foi atingido.

A sensação de algo sólido abaixo dos meus pés volta, deixando-me mais confortável. Ainda não estou pronta para deixar alguém me manter no ar desta forma, mesmo que faça coisas parecidas com a utilização dos meus portais.

— Você pode ficar aqui? — O vampiro perguntou, soltando meus ombros e dando um passo para frente. — Vou expulsá-los, provavelmente será rápido depois dessa grande perda.

Não entendo o porquê de ficar para trás, claramente podemos derrotar nossos inimigos caso fossemos juntos, com apenas um de nós muitos irão acabar escapando e se juntando a outra parte de suas forças. Sem esperar minha resposta ele corre para frente, em direção ao restante do poder mágico no, agora, campo de batalha completamente destruído.

— Vou dar a volta neles... — Tomei minha decisão, desta forma irei impedir que fujam. — Vamos por aqui.

Ando pela esquerda, local onde as chamas ainda queimavam com as chamas negras. Depois de alguns passos sinto uma pequena força embaixo de alguns detritos. Havia sobreviventes por perto.

— So... socorro. — A voz estava ficando mais fraca, provavelmente não iria conseguir resistir a suas feridas.

Passo ao lado da origem daquela voz. Partes de barracas, assim como árvores derrubadas após serem atingidas pelas chamas, cobriam uma grande parte do chão. O verde havia transformado-se em uma mistura de negro e cinza. Concentro-me um pouco para tentar perceber mais algum poder mágico na redondeza, mas aquele era o único.

O Recomeço em um mundo de RPGOnde histórias criam vida. Descubra agora