~Pov Seiji~
Uma incrível cena ocorre diante de nossos olhos. Aquela pequena garota, que já havia demonstrado sua força quando nos derrotou diversas vezes nos treinamentos, agora demonstrava ser ainda mais impressionante. Em sua frente estava a ex-rainha dos vampiros, um ser que mesmo entre as raças demoníacas está entre o primeiro escalão e também do próprio mundo. Mesmo assim a pequena garota trocavam golpes de igual para igual... Na verdade, estava colocando pressão em seu adversário.
— Senhor, quais são as ordens? — ouço um dos soldados se aproximando.
— Não temos nada para fazer em uma luta dessa. — Olho em frente, observando o terreno atrás das duas.
Aparentemente não iriam aparecer mais inimigos vindos dessa direção, dividir a força nessa localização e mandar ajuda ao norte seria o mais indicado. Enquanto pensava no próprio movimento uma fraca luz roxa aparece no céu, cobrindo a cidade novamente e desaparecendo logo em seguida. Vossa majestade havia finalmente começado a colocar o plano em prática.
Caminho até o outro lado do muro, onde quase dois mil soldados esperavam para sair quando necessário. Tiro o capacete e pego uma pequena ferramenta mágica, parecida com uma pequena caixa, não muito maior que a palma de minha mão. Encosto a ferramenta em meu pescoço.
— Novas ordens. — A voz sai diversas vezes mais alta do que consigo atingir normalmente. No começo, falei alto e o som parece machucar os ouvidos das pessoas abaixo, um erro que costumo cometer. — Quero apenas uma pequena tropa de quinhentos soldados no local, o restante deve subir e ajudar o combate ao norte.
Os soldados começam a se movimentar. Em pouco tempo apenas os quinhentos soldados que havia pedido estavam no local, deixando-o completamente vazio além deles. Reconheço todos os rostos, sem deixar qualquer um de lado, afinal, era impossível. Aqueles que ficaram para trás eram os soldados que treinavam comigo, os primeiros a serem recrutados quando cheguei com Hideki e conheci Ioan e seu grupo.
Uma grande explosão ocorre ao norte. Vendo ao longe posso ver uma grande bola de fogo acertando a barreira mágica. Mesmo desta distância ainda podemos ver os ataques, ainda bem que mandei ajuda... Agora, só precisamos cuidar disso.
— General, soldados podem ser vistos ao horizonte. — Um dos magos grita. — Eles ainda não foram longe, ainda podemos chamá-los de volta.
Caminho até seu lado, colocando o capacete novamente e tirando a grande espada das costas e pegando o escudo, que estava caído por perto. Os inimigos estavam crescendo, nossos soldados estão em pânico pelo aparecimento súbito de uma nova tropa. Eles precisam se sentir confiantes neste momento. Subo no segundo muro, que serve como proteção para os atiradores.
— Com o pessoal que temos é o suficiente. — Bato a espada com força no escudo, fazendo barulho e chamando a atenção daqueles que estavam por perto. — Eu mesmo estou descendo para a batalha. Vou atrapalhá-los, vocês usem tudo que tiverem para impedir que os inimigos de cruzar a trincheira.
Pulo do muro. Ouço alguns soldados tentaram falar algo, mas já havia tomado minha decisão. Irei conseguir ganhar tempo e minar suas forças. A queda, apesar de ser alta, não causa nada em minhas pernas. O chão quebra e sinto meus pés afundarem um pouco, mas com um simples passo saio daquele buraco formado pela minha queda. Alguma poeira também se levanta, mas é rapidamente varrida por uma rajada de vento, causada pelos golpes colossais que eram trocados à poucos metros de mim.
Um chuva de flechas é atirada de cima dos muros e apesar da grande distância ainda acertam, pois os magos usavam magia de vento para impulsioná-las. As barreiras física e mágicas funcionam apenas pelo lado de fora, ou seja, todos nossos ataques passavam sem problema algum. O único problema é caso aconteça algo como a vampira, que agora está lado que as magias podem ser utilizadas. Os inimigos que acabaram de aparecer não estavam preparados para um ataque de longa distância e, apesar de possuírem barreiras móveis, ainda são atingidos nas laterais.
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O Recomeço em um mundo de RPG
FantasySofrer por causa do erro de outras pessoas, isso resume bem a vida de um jovem garoto, mas mesmo com tudo e todos conspirando contra ele conseguiu sobreviver. Quem iria imaginar que alguém que sobreviveu a praticamente tudo morreria de um jeito tão...