Capítulo 127 - O trio (Parte 2)

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O corpo da segunda geração é diferente, todos sabem desse fato a centenas de anos e foi considerado um tabu para a raça dos vampiros, pois o medo de tal seres que possuem habilidades mágicas do atributo luz, mesmo sendo um ser das trevas, assustava os anciões.

Porém, um vampiro nobre deu a origem ao primeiro vampiro da segunda geração, depois de séculos sem novos aparecimentos, há vinte anos. Esse era Lucio, por isso acabou perdendo sua posição na nobreza, mas os dois ainda tiveram o direito de viver por causa de Ruby, que acreditava não haver problemas no surgimento daquela raça secundária.

Ao conhecer Artern me foi revelado muito do porquê existir essa grande diferença entre cada geração de vampiros. A primeira geração já possui uma grande diferença para os vampiros originais, o motivo disso é simples, os vampiros originais surgiam do acúmulo de poder mágico do ambiente, naturalmente assim como os demônios, enquanto a primeira geração era causada por uma transformação de raça, algo como uma evolução forçada causada pela habilidade natural dos vampiros.

A primeira geração, mesmo que não consiga utilizar magia sagrada e sejam extremamente afetado por ela, assim como os originais, ainda possuem maior resistência, o que foi ainda mais intensificado na geração posterior, porém parece que quanto mais passa as gerações maior é a perda de pontos nos status, pois os da segunda não ficam tão fortes quanto as outras duas.

— Ainda tem muito mais! — O poder mágico transborda do meu corpo.

É muito parecido com o que os vampiros costumam fazer com poder demoníaco, graças a grande habilidade em manipulá-lo que conseguem com o passar do tempo. Marcas surgem em meus braços, assim como as de vampiros mais poderosos como Ruby, porém sua cor não é o negro de sempre, no lugar, um bonito branco que parecia brilhar com um leve dourado se forma.

— Era isso que aquele anjo estava te ensinando — comenta Vlad.

Moura atira várias flechas em sequência, mas com um movimento com minha espada todas são repelidas. Sempre que balanço minha espada uma onda de força é emitida, fazendo com que uma lâmina de luz seja lançada na direção. A lâmina repele as lâminas e vai em direção a vampira, que precisa se jogar para trás.

Wallace vem correndo do lado oposto, como estava fazendo antes. Seus movimentos parecem mais limpos agora e ao olhar para seus olhos vejo que estava começando a conseguir se controlar melhor.

Desvio de um soco andando para o lado, mas ele gira seu corpo me chutando com o pé do lado oposto, seu calcanhar para a poucos centímetros do meu rosto, segurados pelo meu braço que usei para pará-lo. Assim que entra em contato com minha pele seus membros começam a queimar, porém ele não recua, continuando sua onda de ataques.

Me viro em sua direção, focando apenas minha audição em Moura, para que não fosse pega desprevenida, enquanto troco golpes com ele.

Obviamente ele estava mais rápido e, agora que desativei minha habilidade, estava ganhando tanto em velocidade, quanto em força, mas seus golpes, mesmo mais limpos por recuperar um pouco de sua sanidade, ainda eram ineficazes, muito exagerados. Ainda falta muita experiência, depois que derrotar Vlad e fugirmos para o Reino humano irei garantir que seja treinado em luta corpo-a-corpo.

Consigo defender todos os golpes, enquanto a magia de luz fazia seu trabalho e o enfraquecia cada vez mais. Estava tentando não usar a espada, caso acertasse uma lâmina de luz nele provavelmente acabaria o matando e, percebendo isso, ele abusava dos golpes mirando sempre do lado em que estava sem a espada, evitando que pudesse contra-atacar.

Tento uma rasteira para ter algum tempo, mas ele desvia com um salto, me chutando no processo e pegando impulso para se jogar no ar com meu corpo como apoio. Já no ar ele retira seu arco, atirando duas flechas em minha direção.

O Recomeço em um mundo de RPGOnde histórias criam vida. Descubra agora