Capítulo 119 - Declaração

331 55 4
                                    


~Pov Ioan~


— Como foi o treinamento em grupo? Fiquei sabendo que tiveram algum problema depois de chegarem ao terceiro andar da dungeon — sorri de forma sarcástica para mim.

Quando entro no quarto de hospedes me encontro com Maria, que estava sentada em uma cadeira na sacada. Na mesa em sua frente está um bule e duas xícaras, assim como um prato com alguns doces.

— Estava me esperando ou apenas matando tempo? Me pergunto se Tot está realmente em boas mãos, afinal, sua rainha parece ter muito tempo livre. — Devolvo o sorriso enquanto caminho até a mesa e me sentando.

Essas trocas de palavras ásperas era algo recorrente entre nós, mesmo parecendo que estamos nos ofendendo gratuitamente — em grande parte é apenas isso mesmo —, não passa de brincadeira, como amigos costumam se tratar ou irmãos próximos. Acredito que temos uma boa química e nos damos bem, embora não irei admitir isso.

Quando me sento vejo que sobre a mesa, em seu centro, estava um grosso pergaminho com um selo que nunca tinha visto antes, já havia sido aberto.

— Quero que leia e me fale sua opinião — diz percebendo meu olhar.

Pego o papel em minhas mãos e começo a ler.

~○~○~●~○~○~

De acordo com a terceira regra do pacto da guerra de cem anos, que obriga ao lado atacante avisar seu inimigo, antes de começar atos agressivos ao outro lado, o grande Império Gakai declara guerra ao principado de Tot [...], levando em consideração a posição de Tot, que está dentro do Reino, foi feita uma solicitação ao reino para que passássemos nossas tropas por seus domínios, a aprovação foi concedida pelo próprio rei e a assinatura se encontra ao fim deste pergaminho.

[...]

Entre os motivos para a declaração de guerra é os incessantes ataques que o principado está fazendo seguidamente ao Império, sequestrando nossos habitantes e os impedindo de voltar para sua terra natal, além de originalmente está terra ser de domínio do Império, reivindicamos essas terras por direito.

~○~○~●~○~○~

— Quanto tempo de preparação depois do recebimento desta mensagem? — pergunto ao terminar de ler e colocar o pergaminho novamente sobre a mesa.

— De acordo com o pacto da guerra de cem anos, temos um mês — responde.

Nós dois fazemos caras amargas, muito diferente do clima leve e descontraído que estava quando entrei no quarto. Olho para mulher em minha frente, ela mantinha seu olhar totalmente focado no papel que havia acabado de soltar enquanto roía as unhas.

— Evacuação dos cidadãos comuns — falo.

Ela me olha surpresa, como se tivesse acertado o que passava por sua cabeça.

— Também pensei nisso, esse é o primeiro movimento — suspira. — O problema é o que vem em seguida, Tot é formada basicamente por forasteiros e comerciantes, a cidade não existe há muito tempo e não temos um grande poder militar.

— Pode até ser o caso, mas quantos deles não acreditam que Tot se tornou seu lar após viver aqui por tanto tempo? Pode ser feito um recrutamento em massa e adquirir forças para o combate, com um mês todos conseguem receber o treinamento básico, além disso as novas cabeças do exército mudaram muito a organização nos últimos tempos.

O Recomeço em um mundo de RPGOnde histórias criam vida. Descubra agora