Capítulo 87 - Chegada ao covil do demônio

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~Pov Ioan~

Faz quase três horas que voltei a correr. Mesmo que o combate contra Sacmis e Montu tenha sido rápida ainda tirou duas hora do meu tempo, apesar de terem me atrasado apenas alguns minutos com a luta não posso falar a mesma coisa do veneno em suas armas.

Quando comecei a correr novamente meus batimentos cardíacos começaram a subir, dessa forma o veneno se espalhou ainda mais rápido em meu corpo, fazendo com que sentisse o efeito mais rápido depois que me separei daqueles dois. Com isso minhas pernas ficaram mais fraca, além de sentir uma tontura constante e muita dor por todo meu corpo, se não fosse pelo pôr do sol, pouco depois das dezoito horas, estaria tendo dificuldades agora.

Faz pouco tempo que senti a floresta ainda mais agitada, estou próximo de seu esconderijo. Levando em conta que está próximo das dezenove horas e que o sol começa a nascer às seis tenho onze horas para tentar derrotá-lo.

Após mais algum tempo andando vejo uma grande cratera ao pé da montanha.

— O local parece ser um pouco óbvio.

A inquietude que sentia ao me concentrar na magia natural está vindo dessa cratera e, olhando mais de perto, pode-se notar o que parecia ser a entrada de uma caverna, o sentimento ficava ainda mais forte quando me focava naquela direção.

"Seus cálculos parecem ter sido precisos, tem quase onze horas até o nascer do sol, mas dúvido muito que seu corpo consigo aguentar esse tempo todo" Nahemah comenta em tom sarcástico.

— Silêncio.

Me concentro ao redor, procurando algum som ou cheiro suspeito. Procuro uma armadilha, acredito que poderia sentir com a magia natural, mas ele pode usar uma magia de alto nível para ocultá-la de minha percepção. Não sinto nada de diferente, apenas a mesma sensação desconfortável de antes. Em seguida, pego uma pedra e jogo na direção da entrada, mas nada acontece.

— Acho que está tudo bem.

Pulo dentro da cratera.

Realmente estava seguro caminhar naquele local, mesmo andando completamente concentrado, procurando qualquer coisa de diferente, não sinto nada. Me pergunto se ele confia tanto em suas habilidades há ponto de não colocar nenhuma estratégia de segurança.

Chego em frente a entrada da caverna. A sensação fica ainda mais forte, além de uma grande quantidade de poder demoníaca, mas essa parece não ser a causa do envenenamento da floresta. Me lembra o próprio continente demoníaco, porém ao invés do poder demoníaco se espalhar pela região, ele está concentrado apenas naquele local.

Olho para minha mão e tento mover meus dedos. Ainda consigo movê-los, mas já estou começando a sentir um pouco de restrição.

— Vamos nessa.

Entro na caverna.

No começo parecia apenas uma caverna natural, mas com o tempo consegui notar alguns sinais de escavações, até que o caminho ficou totalmente reto, parecido com corredores modernos e, pouco tempo depois, algumas lâmpadas estavam instaladas no teto, deixando visível todo o caminho, o chão ainda continuava de pedra, mas havia sido lixada, provavelmente por magia, enquanto as paredes foram pintadas com tinta branca.

Espera um pouco...

Olho novamente para aquele corredor em que estava caminhando.

Isso não parece com nada que vi nesse mundo até agora. As próprias lâmpadas instaladas no teto, embora tenha alguma diferença, ainda são parecidas com as do meu mundo passado. Até mesmo a arquitetura da sala, parece muito com uma construção moderna. No entanto, quando arranco uma das lâmpadas, ela não estava conectada por fios, além disso, quando a tirei da parede, ainda continuou funcionando.

O Recomeço em um mundo de RPGOnde histórias criam vida. Descubra agora