Um golpe vindo da esquerda, poderia desviar facilmente, mas o mesmo não pode ser dito quando estou lutando contra outros três inimigos ao mesmo tempo, pórem ainda não é o suficiente. A marca negra se move, saindo do pulso e mão esquerda, onde estavam acumulados e sobem até a altura do ombro, exatamente no lugar em que a lâmina, do novo inimigo que surgia, iria atingir.
— Vamos! — grito.
Na mão direita, as garras negras surgem novamente, me fazendo soltar a adaga que ficou mais difícil de segurar, e com um forte ataque consigo empurrá-los para trás e giro logo em seguida, em direção ao kathakano que foi defendido pelo poder demoníaco, acertando-o com as garras, que entram na altura de sua barriga, fazendo seu corpo desaparecer completamente logo em seguida, pois havia sido absorvido.
Antes de ser absorvido o homem grita. De acordo com a experiência que tive caçando sua raça pela cidade, sei que não estava sentindo dor, é apenas como se desaparecesse completamente, antes mesmo de perceber, mas parece que o homem, ao ver seus companheiros serem derrotados antes, sabia antes mesmo do meu golpe o atingir o que iria acontecer.
Nada que me atingisse, mas é o suficiente para causar medo aos outros três, que haviam acabado de se recuperar de meu empurrão. Vejo que um deles fica completamente paralisado ao ouvir os gritos do homem que desapareceu, parecia querer me atacar pela forma que segurava uma adaga com ambas as mãos, mas não consegue dar um único passo em frente. O segundo, não foi tão afetado quanto seu primeiro companheiro, mas ainda assim treme muito com aquela visão e acaba perdendo a chance de me atacar, enquanto o último tenta fazer seu ataque, com um movimento desesperado.
O homem grita enquanto levanta sua espada e avança em minha direção, dando um golpe vertical, com um movimento muito exagerado. O poder mágico começa a se mover novamente pelo meu corpo, saindo de suas localizações específicas, por causa do combate, e se espalham novamente por todo meu braço, como se fosse uma grande tatuagem tribal, que chega próximo aos meus peitos.
Em minha mão esquerda ainda estava a segunda adaga, que levo até minha frente, colocando-a na diagonal e desviando o ataque de meu adversário para o lado, dando um chute em sua perna, que faz um alto som de algo quebrando e em seguida o empurro e avanço.
O segundo inimigo, ao ver mais um de seus companheiros ser espancado daquela forma, se recupera um pouco, parando de tremer e tenta me atacar, mas não era rápido o suficiente, sendo atingido por meu golpe antes mesmo de tentar fazer seu movimento, assim como seu companheiro, que havia ficado completamente paralisado.
Derrubo os dois no chão, acertando com a adaga aquele que havia tentado me atacar, enquanto puxo o segundo e mordo seu pescoço. Ambos são absorvidos, seus corpos desaparecem completamente, deixando apenas suas roupas caídas no chão.
Viro para trás, para o último.
— Por favor, espere... — É cortado por uma magia de vento.
Me aproximo dele e ao estender minha mão em sua direção seu corpo é absorvido, assim como os de outros kathakanos.
— Foi um pouco mais difícil do que esperava... — Olho para trás.
Estamos dentro da loja em que o galpão ficava atrás. Era uma loja de armas e várias delas estavam espalhadas pelo local, seja por ser derrubadas por algum golpe que não atingiu seu alvo, por corpo sendo jogado ou pelos próprios kathakanos, que tentavam pegar algo para me atacar, pois perceberam rapidamente que seus ataques comuns não estavam sendo efetivos pela diferença de poder entre os dois lados.
Mesas cortadas por magia, até mesmo o balcão onde provavelmente fica o vendedor, foi completamente destruído por algum corpo que caiu em cima, porque estava afundado em uma parte específica, onde estava uma muda de roupas. Há também várias roupas caídas por todo lugar, que seguiam um caminho de destruição até o seu começo, que era do lado de fora.
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O Recomeço em um mundo de RPG
FantasySofrer por causa do erro de outras pessoas, isso resume bem a vida de um jovem garoto, mas mesmo com tudo e todos conspirando contra ele conseguiu sobreviver. Quem iria imaginar que alguém que sobreviveu a praticamente tudo morreria de um jeito tão...