Parte 4

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22 de Fevereiro de 2014 – Angra dos Reis – Rio de Janeiro, Brasil

Não se passara nem seis horas desde que Dulce e Christopher haviam dormido, e o celular já tocava, avisando-os que era hora de despertar.

Ele foi o primeiro a levantar da cama, fechou a cortina para que o sol não acordasse a ruiva, e então desceu para a cozinha.

Preparou um caprichado café da manhã, e em seguida preparou a mesa do lado de fora da casa, aproveitando o dia bonito que fazia.

Assim que terminou, subiu rapidamente as escadas e voltou para o quarto. A ruiva não estava na cama, mas a porta fechada do banheiro denunciava que ela já havia despertado.

Aproveitou o tempo para colocar a sunga e a bermuda por cima, penteou o cabelo e ensaiou algumas caras e bocas no espelho, para quando a ruiva estivesse pronta.

Em seguida escutou o barulho da porta, e então olhou para o lado.

— Oi. – ela deu um sorriso sem graça.

Dulce usava um biquíni vermelho, tomara que caia, sem estampa. Colocara um short jeans, mas nenhuma blusa. O cabelo estava preso num coque improvisado, e o rosto não tinha muita maquiagem.

— Bom dia. – ele disse, sem esconder que reparava em cada centímetro do corpo dela.

— Você não me acordou. – dobrou o pijama.

— Quis deixar você dormir um pouco mais. – ela sorriu de lado. – Preparei o nosso café da manhã. Quer descer?

— Claro. – indicou a bolsa em cima da cama. – Eu preparei algumas coisas, imaginando que pudéssemos ir à praia.

— O que tem aí? – aproximou-se dela.

— Bronzeador, escova de cabelo, creme... essas coisas. – riu.

— Está ótimo, só... nós vamos à praia, mas tenho planos diferentes pra nós. – estendeu a mão pra ela. – Você me acompanha?

— Acompanho, claro. – deixou que ele a levasse para o térreo. – Que outros planos você tem?

— Vamos à praia, eu prometo. – avisou. – Só não gosto daquela coisa de ficar o dia inteiro sentado na areia.

— E então...? – ele a abraçou de lado.

— Vamos dar uma volta de lancha. – beijou-lhe o rosto.

— Hmm... – parou de andar. – Como assim?

— Lancha. – encarou-a. – O que foi?

— Eu... – mordeu o lábio inferior. – Eu não sei nadar.

— Esse é o seu medo? – aproximou-se dela. – Eu levo colete pra nós dois. E independente disso, saiba que não vou te jogar no mar.

— Não tem chance da coisa afundar? Como Titanic ou algo do tipo. – ele riu. – Sério, eu tenho pânico.

— Eu prometo. – mostrou as mãos pra ela. – Confia em mim.

— Por favor. – deu as mãos pra ele. – Estou confiando.

— Relaxa, Dulce. – voltou a abraçá-la. – Pode relaxar. – levou-a até a área externa. – E bem vinda ao seu café da manhã.

— Uau! – reparou na mesa, que tinha até uma flor em um copo com água. – Você preparou isso tudo?

— Tudo. – apontou os pães de queijo. – Tenho certeza de que gosta.

— Quem não? – riu e sentou-se. – Parece fantástico. Muito obrigada.

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora