30 de Novembro de 2014 – Posto 12 – Leblon – Rio de Janeiro, Brasil
Marcela chegou com Dulce e Christopher ao posto 12 da praia do Leblon, e como era de se imaginar, o lugar estava cheio.
— Você marcou em algum lugar mais específico, amor? – Christopher olhou ao redor.
— Não, mas... – então sorriu. – Já o encontrei! Vem! – puxou-o pela mão.
— Já? – Marcela tentou reparar em cada homem ali enquanto seguia a amiga até a mesa.
— Adivinha quem é. – Dulce colocou as mãos nos olhos do amigo. – Uma chance.
— A mais encrenqueira da rua. – respondeu, colocando as mãos por cima das dela.
— Resposta errada. – riu.
— Dolce! – cedeu e então ela o soltou.
— Assim está melhor. – lhe sorriu. – Te fizemos esperar muito?
— Nada, eu acabei de chegar. – levantou-se e a abraçou.
— Que bom que topou vir. – sussurrou pra ele. – Ela é linda, está super animada.
— Pare de colocar expectativa. – riu e soltou a amiga. – Christopher.
— E aí, cara? – cumprimentou-o.
— Teteu! – Dulce esperou que o homem se afastasse do noivo. – Essa é a minha melhor amiga, coisa mais linda dessa cidade, Marcela. – disse orgulhosa. – Marce, esse é o Mateus, também conhecido como...
— Ah, não! – a morena a cortou. – Você, não!
— Então... – Dulce abriu a boca, sem entender. – Já... se... conhecem?
— É o carinha insuportável! – Marcela cruzou os braços. – Que fica falando de economizar água em bar!
— Logo vi que você me lembrava alguém! – ele fechou a cara. – A chata do bar, que implica com todo mundo!
— Que... que cara? Que chata? – Dulce os olhou. – Do que estão falando?
— No dia que saímos com a Dê! – mirou a amiga. – Anteontem, sei lá. Lembra que eu te disse que tinha um infeliz no bar? O louco da água!
— Você se meteu num assunto que não era seu. – ele reclamou. – Se quis se meter, então tem que aceitar a opinião dos outros.
— Só pode ser brincadeira! – Dulce riu dos dois. – Teteu, eu voltei com você aquele dia!
— Ela era a amiga que estava contigo? – mirou a morena, que assentiu. – Que azar! Ainda bem que eu não vi!
— Azar? Azar é o meu! – Marcela reclamou. – Ter que te encontrar de novo!
— E você queria juntar os dois, amor? – Christopher riu e mirou a noiva.
— Eu pensei. – segurou o riso.
— Não, Dolce, não dá. – disse logo. – Se eu soubesse, nem teria vindo.
— Ah, tá bom! Se eu soubesse, eu é que não teria vindo! – Marcela bateu o pé. – Perder o meu tempo pra encontrar um tipinho feito você! Muito me admira que a minha amiga, que é uma pessoa boa, tenha contato com gente como você.
— Ok, chega! – Dulce os interrompeu. – Temos aqui, claramente, uma infeliz coincidência.
— E bota infeliz nisso. – Marcela resmungou.
— Acho, apenas acho, que vocês dois começaram o com o pé esquerdo. Estávamos num bar, cansados pós-trabalho, enfim, o ambiente não era propício. Podemos começar de novo, por favor? – os dois negaram. – Pela amiga de vocês. – apontou a si mesma. – Que vai se casar e que precisa do melhor amigo e da melhor amiga por perto.
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Leblon após às 22h
RomanceO primeiro abuso sexual aconteceu aos 12 anos, mas ninguém acreditou quando ela disse. O pai afirmou que a menina só queria chamar a atenção, os irmãos disseram que não passava de um delírio de garota, ela nem era tão bonita assim. A mãe foi silenci...