Leblon após às 22h

Parte 28

03 de Maio de 2014 – Gávea - Rio de Janeiro, Brasil

Alejandro passou para deixar Daniel e Rafael em suas casas, e só então foi para o próprio condomínio.

Estacionou o carro como de costume, pegou a pasta no banco detrás e então foi para casa.

—Amor? Está aqui? – não havia visto o carro na garagem, mas a porta da casa estava aberta.

— Ela saiu. – Christopher entrou na sala. – Me deixou esperar por você. Sua empregada saiu mais cedo.

— Hm. – deixou a pasta em cima do sofá. – Veio tratar de negócios no final de semana?

— Vim matar você. – disse sério. – Mas antes vou lhe dar a oportunidade de uma última conversa.

— Eu te pedi ajuda, você negou. – deu de ombros. – Não pode dizer que fui duro com você, Christopher.

— Pode ser arrogante e estúpido com qualquer um, mas não tem o direito de estragar a vida da sua irmã novamente. – aproximou-se dele. – Não pode fazer isso.

— Eu não vou estragar nada. – calmo. – Vou trazer as duas de volta pra minha vida, isso eu posso garantir. Mas meu pai e todo o resto da família não vão nem sonhar com isso.

— Ótimo. – ríspido. – Mas antes disso, vai consertar a merda que fez hoje.

— Não. – afastou-se dele. – Eu sinto muito, mas não mandei você vacilar com ela. Ela não vai perdoar, você a traiu.

— Eu não fiz nada. – irritou-se. – Você se aproveitou. Vai atrás dela e vai explicar o mal entendido!

— Christopher, você não pertence à família. – olhou-o nos olhos. – Não pode ficar com ela.

— O que?

— Continue me perturbando, e eu direi ao meu pai sobre ela. – o arquiteto se acalmou. – E se ela perguntar, direi que você colocou tudo a perder. Ela já está decepcionada. Pra acreditar nisso não será preciso muito. – Christopher encarou o chão. – Você é um excelente parceiro profissional, mas não te quero perto da minha irmã. – afastou-se. – Já pode sair da minha casa.

— O que ganha com isso? – suspirou. – Por que quer tanto me ver longe dela?

— Qual é, Christopher, eu conheço você. – sorriu maroto. – Poncho é meu melhor amigo, pegamos muitas mulheres juntos. Eu nos conheço.

— Não... – sussurrou.

— Não vai machucar a minha irmã. – sua expressão ficou séria. – Ela teve uma vida miserável por minha culpa uma vez, eu não vou deixar que aconteça de novo.

— Eu nunca a machucaria. – disse incrédulo.

— Cara... – foi até a porta. – Vai embora. Não é um pedido.

Christopher o olhou por alguns segundos mais, queria continuar com a discussão até que o homem cedesse, mas controlou-se, era melhor e mais inteligente poupar forças para conversar direto com a namorada.

Saiu da casa do empresário sem olhá-lo nos olhos, encontraria uma maneira de resolver as coisas sozinho.

Encarou o celular com a foto de Dulce, pensou por mais alguns segundos e então enviou a mensagem para ela.

Christopher Uckermann
Sei que está confusa e chateada, mas posso garantir que não fiz nada pra te prejudicar. Por favor, vamos conversar. Você sabe que precisamos.
Amo você. De verdade.