Parte 27

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03 de Maio de 2014 – Barra da Tijuca - Rio de Janeiro, Brasil

O despertador mal tocou e Christopher já bateu no aparelho, desligando-o rapidamente. Estava acordado há quase dez minutos, mas esperava o momento certo para sair da cama.

Pegou o celular ao lado e sorriu animado ao ver a mensagem da namorada; tudo parecia correr como o planejado.

Dulce María
Bom dia, meu amor! Acordei cedinho, já estou indo com a minha mãe ao INCA. Vamos sair às 11h.
Qualquer coisa me liga, ok?
PS: Espero que tenha sonhado comigo, porque eu sonhei com você :p

Christopher Uckermann
Bom dia, princesa! Sonhei com você durante toda a noite, e confesso que só serviu pra me deixar com ainda mais vontade de te ver.
Te vejo às 11h. Em ponto.  E com uma bonita surpresa.
Te amo!

Normalmente não era de escrever tais coisas, mas com Dulce sempre tinha o desejo de ser o mais romântico possível, gostava de fazê-la feliz.

Levantou-se logo da cama, tomou um rápido banho, arrumou-se e foi até a cozinha. Colocou um laço vermelho na caixa de bombom que comprara para a namorada, e pegou as flores que havia planejado entregar para a sogra.

Já perto do meio da manhã, finalmente decidiu sair de casa, embora fosse sábado, a Barra era um bairro afastado demais, e ele precisava contar com o trânsito da cidade.

No entanto, antes mesmo de pegar os presentes na mesa, foi interrompido pela campainha do apartamento.

— Agora não. – revirou os olhos e foi atender. – Oi.

— Hey! – Alejandro entrou agitado.

— O que faz aqui? – arregalou os olhos. – Como entrou?

— Seu porteiro já me conhece. – simples. – Christopher, eu preciso do endereço.

— De novo isso? – bufou. – Não vou te passar nada. Deixe a Dulce em paz.

— Você não tem poder de decisão, ela é minha irmã. Por favor, o endereço.

— Deveria ter notado isso antes. – sério. – Que ela era a sua irmã.

— Daniel e Rafael estão de acordo, nós precisamos do endereço. Estou te pedindo numa boa.

— Não vou passar nada. – firme.

— Está indo vê-la? – reparou nas flores e na caixa de chocolate.

— Não. – mentiu. – Não vou pra casa dela, se é o que quer saber.

— Passe-me o endereço. – encarou.

— Peça quantas vezes quiser, a minha resposta não vai mudar.

— Realmente não vai? Essa é sua decisão final?

— Parece que sim, não é? – sorriu cínico.

— Vai pagar caro por isso. – ameaçou-o. – Acho bom começar a esquecer a minha irmã desde já. – arqueou uma sobrancelha, sorriu de lado e então saiu do apartamento, batendo a porta com força.

Christopher tentou não se irritar, respirou fundo, caminhou de um lado para o outro no apartamento, e decidiu conversar com Dulce sobre as ameaças de Alejandro. Deveria tê-lo feito desde a primeira vez, não sabia que loucuras o homem poderia fazer.

Pegou as flores, a caixa de bombom, e por fim deixou o apartamento. Agora, mais do que nunca, sentia que precisava ver a namorada.

O relógio marcou onze horas quando ainda estava no meio do caminho, então enviou uma mensagem para a ruiva, avisando que em cinco minutos chegaria ao local.

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora