Parte 123

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— Chego para a sua festa. – sorriu com ela.

— Te espero para cortar o bolo. – o elevador abriu a porta. – Vai com Deus.

— Não. – entrou no elevador. – Fique você com Ele. – sorriram. – Te amo!

— Te amo! – foi a última coisa que disse antes que a porta se fechasse outra vez.

Ela ainda encarou o elevador por alguns segundos, então respirou fundo e entrou novamente no apartamento; tinha um longo dia pela frente.

Arrumou-se, colocou a calça social, a camisa branca e um salto confortável, sabia que o dia seria de muita correria para ela. Honestamente, ela até agradecia toda aquela agitação, porque sabia que assim manteria a cabeça ocupada para não pensar no noivo.

Fez uma maquiagem leve, prendeu o cabelo em um rebuscado rabo de cavalo e organizou, em uma bolsa maior, todo o material que precisaria levar para o evento.

Christopher mandou duas mensagens para ela: quando chegou ao aeroporto e quando fez o check-in do voo.

Logo em seguida, o celular da morena tocou, e ela imaginou ser o noivo.

— Diz, meu amor! – atendeu empolgada enquanto guardava as pastas na bolsa.

— Bom dia, Dul! – riu do outro lado da linha. – Bem empolgada, eu diria!

— Dan, perdão! – corou diante de tal gafe. – Perdão, eu estava conversando com o Christopher, imaginei que fosse ele.

— Ele saiu cedo, é?

— Viajou, foi para São Paulo. – fechou a bolsa. – Victor precisou da ajuda dele.

— Ah, é verdade! O papai me comentou. – franziu o cenho. – Não me dei conta de que já era agora. Ele volta logo?

— Sábado. – colocou a bolsa no ombro. – Graças a Deus.

— Chega para o seu aniversário? – escutou-a concordar. – Que bom, porque eu... eu tenho um pedido.

— Um pedido? – apagou a luz do quarto e saiu dali.

— Sim. Já que não pude participar dos seus últimos aniversários, eu pensei que esse ano eu... eu poderia fazer diferente. – ansioso. – E preparar a sua festa aqui em casa. Na verdade, um churrasco que durasse o dia todo, mas que fosse feito para você. Eu encomendei bolo, carne, Luísa está cuidando da decoração e dos...

— Tudo bem. – disse logo. – Pode ser.

— Hãn? – surpreendeu-se. – Te convenci tão rápido assim?

— Eu gosto de tudo o que está propondo. – deixou a bolsa no sofá. – Por que não aceitar, né?

— Jura, Dul? – animou-se. – Fico tão feliz! Prometo fazer tudo do seu gosto.

— Fica tranquilo. – riu. – Meu gosto é bem simples, você deve se lembrar.

— Sim, é só... – suspirou. – Quis, por muito tempo, fazer parte da sua vida de novo, e agora eu... eu fico muito feliz por me permitir fazer isso.

— Bem, nós... – ficou sem jeito. – Estamos dando passos.

— E eu gosto de cada um deles. – sincero. – Bom, eu... eu liguei pra isso, você concordou, então te espero no sábado, pode chegar cedo.

— Ok, irei cedo. – sentou-se no sofá. – Dan, me responde uma coisa?

— Qualquer coisa. – riu. – O que é?

— Você se dá bem com o Poncho? – não aguentou a curiosidade.

— Com o Poncho? – estranhou.

— Sim, o meu cunhado, irmão do Christopher, unha e carne com o Alejandro.

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora