Parte 155

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— Cecília...

— Você é surreal de tão incrível, Uckermann. – abraçou-o. – Surreal.

— Obrigado. – cedeu ao abraçá-la. – Porque você me deu uma experiência incrível, e não foi apenas pelas cervejas. Obrigado pelas risadas e pelas histórias, eu precisava.

— Mas isso não tira a necessidade da nossa parceria. – lembrou-o. – É a primeira vez de muitas, ok?

— Fechado. – estendeu a mão para ela e selaram tal acordo.

— Christopher? – a voz do homem soou próxima demais, atraindo a atenção do arquiteto.

— Christian? – surpreso. – Cara, o que faz aqui?

— O que você faz aqui? – variou os olhos entre o arquiteto e a morena. – Maite está vindo aí. Estou esperando por ela. – olhou de soslaio para a morena, esperando ser apresentado.

— Christian, essa é a Cecília. – notou os olhares dele. – Cecília, esse é o meu amigo e meu assessor, Christian.

— Muito prazer. – ele disse de forma séria e estendeu a mão pra ela. – Christian Chávez.

— Cecília Beckermann. – cumprimentou-o. – É um prazer. – ela sorriu, mas o sorriso do assessor não pareceu nada acolhedor. – Bem, eu já vou. Christopher, a gente se vê, então.

— Valeu por hoje. – abraçou a morena. – Tá de boa pra voltar?

— Relaxa, tô tranquila. – beijou-lhe o rosto. – Boa noite, Uckermann.

— Boa noite, Beckermann. – sorriu de lado e ela acenou para o assessor antes de se afastar.

— O que está fazendo? – Christian lhe bateu na cabeça. – O que diabos você está fazendo?

— Ai! Cara! – afastou-se dele. – Que isso? Tá maluco?

— Eu é que te pergunto! Tá maluco, meu irmão? – irritado. – Porra, Christopher!

— Que isso, brother? – franziu o cenho. – Não estou fazendo nada!

— Traindo a sua mulher quando ela acabou de voltar de um sequestro? – voltou a bater na cabeça dele.

— Vai se ferrar! – empurrou-o. – Tá louco? Tá louco, Christian? Você está louco?

— Me diga você! – segurou-o pelo colarinho. – Porque sua noiva está numa maldita clínica e você está no bar com uma morena daquelas!

— Cuidado com a sua boca pra falar da Dulce! – irritou-se com ele.

— Eu te peço cuidado! – disse baixo, porém firme. – Sou teu assessor. Ontem te coloquei no jornal para procurar a Dulce, e hoje você sai para beber com outra? O que eu faço se te fotografam com ela? – bravo. – O que eu faço se você aparece em qualquer lugar bebendo com ela? Pra onde vai a sua carreira? Sua credibilidade? Seu noivado, cara!

— É uma amiga! – soltou-se dele. – Só uma amiga, não tem nada demais! Meia dúzia de cervejas e só! Eu não fiz nada de errado!

— Então trate de cuidar as suas atitudes! – encarou-o.

— Dulce me mandou à merda! – empurrou o amigo. – Quer saber? Ela me mandou à merda! É isso! – o assessor franziu o cenho. – E pela primeira vez eu saí da porra de vida que vivo e me dei o direito de beber um pouco! Só isso! Sem fazer nada! E sou julgado por um maldito momento de descontração?

— O que aconteceu? – abaixou o volume de voz. – Cara, o que aconteceu com vocês? Você me disse que...

— Que ela não queria me ver. – completou e o amigo assentiu. – E ela continua sem querer me ver. Ela aceita ver o merda do irmão dela, mas não quer me ver.

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora