27 de Agosto de 2014 – Restaurante Lasai, Botafogo – Rio de Janeiro, Brasil
— Meu Deus, Christopher, aqui é lindo. – Blanca não parava de repetir tal frase, enquanto seus olhos passeavam por todo o espaço. – Que lugar maravilhoso!
— É tudo feito à sua maneira. – ele explicou. – Escolhemos os ingredientes, eles montam o prato... é absolutamente tudo personalizado. Você vai gostar muito.
— Amor... – sussurrou pra ele.
— Oi, vida.
— Isso não vai sair caro demais? – sem jeito. – Essas coisas únicas costumam custar uma fortuna.
— Já se esqueceu o que estamos comemorando hoje? – beijou a pontinha do nariz dela. – É a sua conquista, e você merece o melhor.
— Com licença. – o garçom se aproximou. – Boa noite. Já conhecem o Lasai?
— É a primeira vez delas. – o arquiteto piscou para o homem, que abriu um enorme sorriso e então passou a explicar detalhadamente sobre o restaurante para as duas.
Blanca não visitava um lugar como aquele há muito tempo, mas ela se lembrava muito bem de como era frequentar os bons restaurantes. A senhora tinha guardada em si toda a educação da alta sociedade, e portanto prontificou-se a escolher o vinho da noite.
— Até que pra quem não queria vir, a senhora está gostando muito, hein? – a ruiva não pôde evitar a brincadeira ao notar o sorriso da mãe.
— Como não gostar de um lugar assim? – suspirou. – Só posso agradecer a vocês dois por essa surpresa.
— Não tem que me agradecer por nada. – Christopher antecipou-se. – Tudo isso é culpa da Dul, eu só escolhi o lugar.
— Oh! – Blanca se ajeitou na cadeira. – Agora vem a grande notícia?
— Agora vem a grande notícia. – a ruiva assentiu. – E antes que a senhora diga algo, eu esclareço que não contei para ninguém antes.
— Claro, claro. – Blanca ampliou o sorriso. – Mas Marcela logo saberá, não é?
— Provavelmente, sim. – deu a mão para o namorado. – Ela é minha melhor amiga, mas você e Christopher...
— Meu Deus. – Blanca limpou a lágrima.
— Mãe, calma. – arregalou os olhos. – Ainda nem disse nada.
— Eu rezei tanto por isso. – emocionada. – Ah, Dul, eu rezei tanto para que você encontrasse um homem digno, e quando o Christopher apareceu...
— Oi? – a ruiva franziu o cenho.
— Realmente pensei que a relação de vocês não fosse sobreviver, mas estou muito orgulhosa que vocês tenham superado isso. – encarou-os. – Eu aprovo o casamento, é claro que aprovo, não precisavam nem pedir. Vocês têm a minha benção.
— A-ahn... – Christopher abriu a boca, sem saber o que falar.
— Q-que? Mãe, que casamento? – piscou seguidas vezes.
— Pode anunciar. – gesticulou. – Não era isso que queria me contar?
— Isso o que? – assustada.
— A surpresa, o restaurante bonito, vocês juntos... – disse em tom óbvio. – Vão se casar, não é?
— Casamento? Não, claro que não. – disse em tom absurdo.
— Claro que não? – Christopher encarou a ruiva.
— Não, digo... – negou com a mãe. – Claro que eu quero... em algum momento, digo, nós dois... nunca falamos, mas.... – nervosa. – Enfim, não era isso. – voltou a mirar a mãe. – Não era nenhuma notícia de casamento.
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Leblon após às 22h
RomantizmO primeiro abuso sexual aconteceu aos 12 anos, mas ninguém acreditou quando ela disse. O pai afirmou que a menina só queria chamar a atenção, os irmãos disseram que não passava de um delírio de garota, ela nem era tão bonita assim. A mãe foi silenci...