25 de Janeiro de 2014 – Leblon – Rio de Janeiro, Brasil
Depois de idas e vindas, exaustivas reuniões e discussões desgastantes de valores e projeto, o contrato entre Uckermann Arquitetura e Espinosa Palace finalmente fora fechado. Christopher seria o responsável pelo próximo hotel da família Espinosa, que esbanjava dinheiro e colecionava prêmios devido à excelente rede de hotéis.
Naquele sábado, para comemorar o novo contrato, Christopher saíra para beber com Christian, uma vez que Alfonso ainda estava em lua de mel e voltaria ao Brasil apenas na primeira semana de fevereiro.
A comemoração entre os amigos ia bem, até o momento em que Christian recebeu uma ligação de Maite, pedindo que ele voltasse para casa. Para evitar problemas com a noiva bastante conhecida pelo ciúme exagerado, ele não pensou duas vezes antes de se afastar e deixar o amigo sozinho.
Christopher bebeu mais uma cerveja sozinho, e então deixou o restaurante. Assim que saiu do mesmo, avistou Dulce no bar da frente.
A ruiva usava um vestido branco, de renda, tomara que caia, e nos pés a sandália sem salto.
Não resistiu e estacionou o carro ali perto. Foi andando até o local, e entrou discretamente, sem que a ruiva o visse. Sentou-se no bar, escolheu um drink e pediu que o garçom fosse entregar na mesa dela.
— Com licença, senhoritas. – o garçom se aproximou.
— Não, não. – a ruiva se adiantou. – Nós pedimos a conta, não a bebida.
— Eu trouxe a conta. – entregou para ela. – Mas o jovem no bar lhe ofereceu a bebida... e o recado. – entregou o drink com o bilhete.
— Pode trazer a maquininha do Visa? – Marcela sorriu, e o garçom concordou rapidamente. – E aí, o que diz o bilhete, Dul?
— Ahm... – não sabia como contar para a morena.
Que coincidência tão grande estarmos no mesmo bairro, no mesmo lugar, na mesma hora. Passei a semana querendo falar com você.
Aceita um drink?
Uckermann.— Dul? – curiosa.
— Diz aquela coisa de sempre. – amassou o papel. – Te achei linda, podemos conversar, blá, blá, blá. – revirou os olhos.
— Seu namorado adoraria ouvir isso. – gargalhou.
— Quieta, Marcela. – sem graça. – Ih, você tem cada coisa.
— "Você tem cada coisa". – imitou-a. – Só me divirto. Você deveria relaxar mais também.
— Você acha? – pareceu pensar.
— Claro. – respondeu e o garçom se aproximou com a máquina.
— Então eu vou ficar mais um tempo. – sorriu ao final. – E tentar descobrir quem é o rapaz do drink.
— Eu fico também. – entregou o cartão para o garçom.
— Você vai trabalhar em pleno domingão, gata. Eu, não. – riu. – Vá pra casa descansar, eu pego um táxi na volta.
— E te largar sozinha aqui? Capaz!
— Eu estou me divertindo, relaxando ou seja lá o que eu deveria fazer. – piscou pra ela.
— Você é a única pessoa que curte ficar sozinha, sabia? - digitou a senha na máquina.
— Amanhã eu te conto que fim deu. – sorriu travessa.
— Se você fizer merda, diga ao seu namorado que não tenho nada a ver com isso. – sorriu para o garçom. – Obrigada, amigo.
— Eu é que agradeço, voltem sempre. – sorriu simpático e então saiu dali.
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Leblon após às 22h
RomanceO primeiro abuso sexual aconteceu aos 12 anos, mas ninguém acreditou quando ela disse. O pai afirmou que a menina só queria chamar a atenção, os irmãos disseram que não passava de um delírio de garota, ela nem era tão bonita assim. A mãe foi silenci...