Leblon após às 22h

Parte 34

01 de Julho de 2014 – Revista Vogue - Rio de Janeiro, Brasil

Alejandro olhava o relógio pela enésima vez, vendo que agora o mesmo marcava quase cinco horas da tarde, se tinha algo que ele não gostava era que o deixassem esperando.

— Senhor Espinosa? – a secretária o chamou. – Já pode entrar, a Senhora Jeanne o aguarda.

— Obrigado. – levantou-se do sofá. – É na mesma sala?

— Sim. Quarto andar, primeira porta à direita. – indicou.

— Perfeito. – foi com pressa até o elevador.

Ajeitou a gravata na frente do espelho do elevador, arrumou o paletó, e então esperou que o elevador chegasse até o quarto andar.

Assim que aproximou-se da sala, viu Jeanne ao lado da porta, já à sua espera.

— Alejandro Espinosa! – abriu um enorme sorriso ao vê-lo. – Que adorável surpresa!

— Jeanne Harrisberger! – cumprimentou-a com um beijo no rosto. – Se eu não faço plantão, não consigo te encontrar, não é?

— Mil perdões pela demora. – levou-o para dentro da sala. – Eu estou atolada com essas reuniões... Enquanto essa Copa não acabar, a minha vida não será a mesma. – ela lhe deu um leve sorriso. - Quer um cafezinho?

— Claro.

— Sabrina. – pegou o telefone. – Traga dois Nespressos, por favor. Obrigada. – sentou-se de frente para ele. – Como está o seu pai? Os hotéis estão cada vez melhores, não é? Eu vejo os comentários.

— Graças a Deus trabalho é o que não nos falta. - simpático. – Meu pai está ótimo, agora estamos com novos hotéis.

— Com a Uckermann Arquitetura, não é? Li sobre isso, tenho que parabenizá-los pela parceria.

— Obrigado. Tem dado muito certo.

— Tem tudo para ficar excelente. – ela assentiu. – Temos que estudar uma parceria um dia desses.

— Será um prazer pra nós, você sabe.

— Estamos com um desfile grande para fazer, virão as meninas da Vogue Itália, e nós precisaremos de hospedagem.

— Vamos conversando. – assentiu. – Eu não vejo motivo pra não dar certo.

— Ótimo, Alejandro!

— Com licença. – Sabrina entrou na sala. – Os cafés.

— Obrigada, Querida. – Jeanne abriu um bonito sorriso, enquanto a morena deixava as duas xícaras em cima da mesa, para logo se retirar.

— Mas então... – Alejandro bebericou o café e encarou a mulher. – Eu vim atrás de uma indicação sua, na verdade.

— Indicação minha? Claro! – sorriu. – Qualquer coisa que precise. O que seria?

— Um currículo que me chamou bastante atenção. – ajeitou-se. – Dulce María Fuentes, você a conhece?

— Dulce? – seu rosto se iluminou. – Claro que sim! Excelente menina!

— Me parece que ela trabalha aqui ou...

— Trabalhava. – disse logo. – Infelizmente tivemos que abrir mão dela, mas foi uma grande perda pra nós. A menina é muito talentosa, dedicada, e uma excelente profissional. Para o que você precisa?

— Bom, nós estamos querendo refazer os uniformes e toda a identidade do hotel. Você sabe, novo hotel, coisas novas... enfim.

— Claro! – deu um gole no café. – Dulce é uma excelente escolha pra isso. Ela tem uma criatividade que não é desse mundo. Vira e mexe aparecia com ideias novas, e que realmente funcionavam.