Parte 101

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— Teteu! – não conseguiu conter o impulso e o abraçou. – Não acredito! Teteu! Você está enorme!

— Cresci, né, tampinha?! – abraçou-a com força. – Caramba, Dolce, achei que nunca mais fosse te ver na vida.

— Ué... – Christian mirou os trigêmeos. – Se conhecem? – e logo olhou o amigo. – Eles se conhecem e você não me disse nada, cara?

— Só pode ser sacanagem. – Christopher sussurrou para si mesmo. – Não é possível.

— Teteu? – Daniel mirou os irmãos. – É claro! Eu sabia que o conhecia de algum lugar!

— Nosso vizinho! – Rafael bateu no ombro do irmão. – Agora faz sentido, claro!

— Que vizinho? – Alejandro tentava se lembrar. – Não sei quem é.

— O filho da Tuca. – Daniel riu ao contar. – Andava grudado na Dulce para cima e pra baixo, lembra?

— Ah! – Alejandro soou surpreso. – O gayzinho?

— E foi por isso... – Mateus mirou os trigêmeos. – Que eu não disse quem eu era.

— Não acredito que se tornou arquiteto! – ela estava eufórica. – O que fez da sua vida esse tempo todo? Por onde andou? Meu Deus! Não acredito que te encontrei! – o amigo parecia a única pessoa tão feliz quanto ela. – Eu comentei essa semana com o Christopher sobre você, juro! Falei com a minha mãe! – lembrou-se da senhora. – Meu Deus! Minha mãe vai ficar louca quando souber que você está de parceria com o Christopher!

— Ah, ele está mesmo! – Christian fez questão de pontuar. – Uma ótima parceria!

— Ainda não fechamos nada. – Mateus lembrou-o e logo mirou a morena. – Mas quero ver a Blanquinha de novo! Que saudade dela... e de você! Você está com o mesmo jeito, mesma carinha de sempre. Ainda mais bonita. – ela riu. – Menos magrela, né?

— Graças a Deus por essa parte. – juntou as mãos em sinal de oração. – Como está a tia Tuca? Ela voltou para o Rio? Todos vocês voltaram? Qual foi? – riu com ele. – Eu tenho tantas perguntas! – ele a abraçou outra vez. – Teteu! Não acredito que está aqui!

— Você fez uma falta desgraçada, Dolce. – sincero. – Não foi fácil crescer sem você por perto. Tenho um mundo de coisas para te contar, para te perguntar, para saber de você e de tudo... como está a vida!

— Quais eram os planos? – ela perguntou, olhando ao redor. – Vocês iam sair agora?

— A ideia era almoçarmos. – Daniel sorriu de lado. – Sei que ia com o Christopher, mas não se anima em trocar o seu almoço particular por um almoço com a gente?

— Claro! – disse sem nem pensar.

— Ainda não acredito que estava com a gente esse tempo todo e não nos contou quem você era. – Rafael sorria. – Que bom ter notícias suas de novo, cara! Olha onde viemos parar!

— É que para mim, Espinosa sempre se resumiu a essa baixinha e a tia Blanca. – disse com sinceridade. – Mas prometo que o passado não atrapalhará nossos planos futuros.

— Até porque... – a morena interveio. – Agora você conta com o melhor da arquitetura dessa cidade. – abraçou o noivo de lado. – Vai se dar muito bem com o Christopher. E digo de maneira bem imparcial, juro.

— Conte comigo. – Christopher sorriu com simpatia, mas manteve a mão na cintura da morena.

— Podemos ir, então? – Christian os olhou. – Parece que teremos bastante assunto para esse almoço.

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora