22 de Outubro de 2014 – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro, Brasil
Christopher acordou com o toque do próprio celular, separou Dulce de si e sentou-se no sofá, puxando o aparelho para perto.
— Alô? – limpou os olhos, ainda sonolento.
— Oi, brother. – Alfonso sorriu do outro lado da linha. – Tudo bem?
— Oi, cara. – levantou-se e foi até a sacada. – Estou... estou bem e você?
— Tranquilo. Eu te acordei? – riu. – Já é tarde, cara.
— É, eu... eu acabei pegando no sono. – passou uma das mãos pelo rosto. – O que manda?
— Eu passei aqui em casa pra ver a mãe, e ela está toda ressentida porque não conseguiu ir te ver ontem e você não a atendeu hoje. – o irmão riu. – Você sabe como ela é.
— Eu estava dormindo, Poncho. – comentou. – Não ouvi o celular antes.
— Tudo bem, eu já dei uma desculpa pra ela. E também não comentei nada sobre ontem, não entrei em detalhes... enfim, nada.
— Eu ainda não vi a internet. – confessou. – Já saiu algo?
— Bem, Christian publicou uma nota falando sobre o sucesso do hotel e da parceria, mas não comentou nada sobre... enfim, a notícia. – sem jeito. – E ele já falou com a Mayra. Na verdade, a Maite falou.
— Ela vai ficar quieta? – preocupado.
— Maite garantiu que sim. – tranquilo. – Eu confio nela. Ela faz qualquer coisa para ajudar o Christian. Por mais que esteja furiosa com você.
— Essa não é uma situação nova pra ela. – deu de ombros. – Ela sabia que eu não estava com a Mayra há muito tempo.
— Claro. E você... – pensou em como perguntar. – Você chegou a...
— Conversei com a Dulce. – disse, já imaginando o que ele perguntaria. – Foi muita coisa pra assimilar.
— Ela está bem? Ela saiu atordoada. – sincero. – Tem algo que a gente possa fazer para ajudar?
— Acho que não, cara. – suspirou. – Isso é entre Fernando e eles. É coisa de família.
— Vocês estão noivos, né? – riu de leve. – Ela é parte da sua família também, e você é parte da minha, então...
— Era tão simples, Poncho. – confessou. – Sabe, quando ela era só a Dulce, quando não tinha Espinosa nenhum, e ela... era só a estagiária da Vogue, sem influência alguma.
— Talvez seja algo que vocês precisem passar, sabe, karma e essas coisas. Ani acredita nisso. – deu de ombros. – A história de vocês já foi tão complicada antes.
— Às vezes queria sumir. – encarou a rua. – Colocar a Dulce embaixo do meu braço e desaparecer com ela, nunca mais dar satisfação pra ninguém.
— E me largar aqui? Como vou fazer sem a praga do meu irmão? – brincou, e os dois riram juntos. – Tive muitos problemas com a Anahí no começo, você sabe disso. A vida não é nenhum mar de rosas.
— Eu sei bem.
— Nunca é fácil quando a gente encontrar alguém que ama. – sincero. – Escute quem já errou muito com a mulher certa.
— É... – divagou. – Você nunca me disse o motivo.
— Que motivo? – estranhou.
— Para ter recorrido a Cherry. – franziu o cenho. – Mesmo depois de ficar noivo.
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Leblon após às 22h
RomanceO primeiro abuso sexual aconteceu aos 12 anos, mas ninguém acreditou quando ela disse. O pai afirmou que a menina só queria chamar a atenção, os irmãos disseram que não passava de um delírio de garota, ela nem era tão bonita assim. A mãe foi silenci...