Parte 86

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20 de Novembro de 2014 – Botafogo – Rio de Janeiro, Brasil

Dulce saiu da revista pontualmente as seis e meia da tarde, e assim que passou pela recepção, viu o carro do irmão estacionado na frente, enquanto ele parecia concentrado no próprio celular.

— Dan. – estranhou e foi até ele. – Oi.

— Oi, Dul. – beijou-lhe o rosto. – Quer uma carona pra casa?

— Quero. – estranhou. – Não sabia que andava por aqui.

— Tive uma reunião por aqui e Christopher me contou que você sairia agora. – abriu a porta do carro pra ela.

— Esse seu cunhado está me saindo um belo de um fofoqueiro. – colocou o cinto de segurança, enquanto ele dava a volta e entrava no carro.

— Ele faz pra me ajudar. – entrou no carro. – Aliás, parabéns, já sei que é a mais nova habilitada da cidade. Foi muito difícil?

— Difícil não foi, mas fiquei nervosa. – riu ao contar. – Minha perna tremia, Dan. Eu não conseguia ficar firme.

— No começo é assim, mas você não pode ter medo de sair na rua, de enfrentar o trânsito e de ter paciência. – ligou o carro. – E se o carro morrer, você liga de novo e segue em frente, sem se preocupar com quem tá atrás, se vão buzinar ou não.

— Fico tensa com essa parte. – confessou, rindo com ele.

— Já pensou em qual carro vai querer pra você?

— Pra comprar? – arregalou os olhos. – Não, não farei isso.

— Não quer um carro? – riu dela.

— Não preciso agora. – deu de ombros. – Christopher disse que posso usar o dele, podemos nos revezar. Não tenho dinheiro agora.

— Ele vai te deixar usar o carro dele? – perguntou, e ela assentiu. – Isso é que é prova de amor, hein? Eu não empresto meu carro para a minha mulher, aliás, para ninguém.

— Por que não? Que bobeira.

— Você vai ver quando tiver o seu. – piscou pra ela. – É um apego grande.

— Já dirigi o do Christopher, é muito bom. Ele me levou pra treinar no domingo, é uma delícia.

— Ele tem um CR-V, não é? – franziu o cenho e ela concordou. – Eu não gosto de carro SUV, mas você vai chegar lá, vai com calma.

— Não tenho pressa, gosto do dele. – olhou-o. – Você está bem?

— Tudo certo, mas quis passar porque queria te fazer um convite também.

— Que tipo de convite?

— Te chamar para jantar em casa amanhã. – sorriu de lado. – Lembra que falamos sobre isso? A Luísa quer te conhecer.

— Quem é Luísa?

— Minha esposa. – disse óbvio, e ela riu.

— Você fala tanto em esposa que eu esqueço o nome dela. Você já falou com o Christopher sobre isso?

— Falei sobre o meu desejo de te convidar. – comentou. – E ele me disse que achava que você não negaria.

— Claro que não. – disse de imediato. – Só quero ver com ele a hora que ele vai sair do escritório amanhã pra gente se planejar, mas não vejo inconveniente algum. Serão só vocês dois?

— A princípio sim. – assentiu. – Alejandro eu tenho certeza que não poderá, porque comprou um pacote de dois dias em Campos do Jordão com a esposa.

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora