Parte 96

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— Como está hoje? – a morena sentou-se com o noivo ao lado do senhor. – Tudo bem?

— Ahm... – resmungou. – Hoje é um dia ruim.

— Está se cuidando? – ele deu de ombros. – Que tipo de resposta é essa? – ele estalou a língua e virou o rosto. – Precisa se cuidar!

— Já sei! – reclamou.

— Então não faça essa cara! – disse brava.

— Amor. – Christopher disse baixo.

— Ele é desobediente! – mirou o noivo. – Olha como se comporta!

— Seus irmãos falam o dia inteiro. – bufou. – Não aguento mais!

— Isso não os fará parar. – insistiu. – Se não se cuidar, os sintomas vão piorar.

— Vão piorar de qualquer jeito. – ele então a olhou. – Vou morrer.

— Todos vamos. – ele acariciou as próprias mãos. – Mas se não se cuidar, você irá bem rápido. – disse séria, mas ele não a olhou. – O que tem nas mãos?

— Nada. – contraiu os lábios. – Está formigando.

— Algo que posso fazer para ajudar? – perguntou mais suave.

— Não, minha filha. – suspirou. – Já não há mais nada.

— Pai? – Alejandro se aproximou com a esposa. – Está bem?

— Sim, estou bem. – disse sem muita importância. – Deve entreter a sua irmã.

— Vim pra isso. – puxou a esposa para mais perto. – Dul, queria que conhecesse a minha esposa.

— Claro. – a morena levantou-se com o noivo, dando o melhor sorriso que tinha.

— Amor, essa é a caçulinha de casa, minha irmã Dulce Maria. – e sorriu sincero diante de tal apresentação. – Dul, essa é a minha esposa Moniele.

— Não sei como ela o aguenta. – Fernando pontuou.

— É um prazer, Dulce. – a loira lhe estendeu a mão.

— O prazer é meu. – lhe deu a mão e logo dois beijos no rosto.

Dulce não pôde evitar reparar na cunhada. Diferente de Luísa e Giovana, que pareciam sempre tão tranquilas, Moniele tinha um ar de superioridade que não a agradara em nada. Tinha o cabelo loiro, na altura dos ombros, os olhos cor de mel, a boca com claro preenchimento labial, as coxas grossas, o busto avantajado e a cintura fina. Ela era perfeita, mas algo ali incomodava Dulce. Bem, talvez fosse todas as histórias que ela sabia que o irmão colecionava com Cherry.

— Christopher. – a loira cumprimento o arquiteto.

— Bom te ver, Moni. – ele sorriu por educação. – Como foi a viagem de vocês?

— Ah, incrível! – sorriu satisfeita. – Campos tem uma beleza que faz valer à penas as muitas horas de viagem.

— Deveríamos investir por lá. – Fernando mirou o filho.

— Vamos ver como ficamos com toda a situação do López. – mirou o pai. – Já marcamos a reunião para amanhã.

— Bom, bom. – assentiu. – Soa bem, meu filho.

— Vocês nos dão licença? – Christopher abraçou a noiva. – Meu irmão está chamando.

— Claro, por favor. – Fernando gesticulou.

— Foi um prazer, Moniele. – Dulce sorriu. – Com licença.

E pela primeira vez desde que haviam pisado no lugar, Dulce e Christopher conseguiram ter um tempo a sós.

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora