— Como está hoje? – a morena sentou-se com o noivo ao lado do senhor. – Tudo bem?
— Ahm... – resmungou. – Hoje é um dia ruim.
— Está se cuidando? – ele deu de ombros. – Que tipo de resposta é essa? – ele estalou a língua e virou o rosto. – Precisa se cuidar!
— Já sei! – reclamou.
— Então não faça essa cara! – disse brava.
— Amor. – Christopher disse baixo.
— Ele é desobediente! – mirou o noivo. – Olha como se comporta!
— Seus irmãos falam o dia inteiro. – bufou. – Não aguento mais!
— Isso não os fará parar. – insistiu. – Se não se cuidar, os sintomas vão piorar.
— Vão piorar de qualquer jeito. – ele então a olhou. – Vou morrer.
— Todos vamos. – ele acariciou as próprias mãos. – Mas se não se cuidar, você irá bem rápido. – disse séria, mas ele não a olhou. – O que tem nas mãos?
— Nada. – contraiu os lábios. – Está formigando.
— Algo que posso fazer para ajudar? – perguntou mais suave.
— Não, minha filha. – suspirou. – Já não há mais nada.
— Pai? – Alejandro se aproximou com a esposa. – Está bem?
— Sim, estou bem. – disse sem muita importância. – Deve entreter a sua irmã.
— Vim pra isso. – puxou a esposa para mais perto. – Dul, queria que conhecesse a minha esposa.
— Claro. – a morena levantou-se com o noivo, dando o melhor sorriso que tinha.
— Amor, essa é a caçulinha de casa, minha irmã Dulce Maria. – e sorriu sincero diante de tal apresentação. – Dul, essa é a minha esposa Moniele.
— Não sei como ela o aguenta. – Fernando pontuou.
— É um prazer, Dulce. – a loira lhe estendeu a mão.
— O prazer é meu. – lhe deu a mão e logo dois beijos no rosto.
Dulce não pôde evitar reparar na cunhada. Diferente de Luísa e Giovana, que pareciam sempre tão tranquilas, Moniele tinha um ar de superioridade que não a agradara em nada. Tinha o cabelo loiro, na altura dos ombros, os olhos cor de mel, a boca com claro preenchimento labial, as coxas grossas, o busto avantajado e a cintura fina. Ela era perfeita, mas algo ali incomodava Dulce. Bem, talvez fosse todas as histórias que ela sabia que o irmão colecionava com Cherry.
— Christopher. – a loira cumprimento o arquiteto.
— Bom te ver, Moni. – ele sorriu por educação. – Como foi a viagem de vocês?
— Ah, incrível! – sorriu satisfeita. – Campos tem uma beleza que faz valer à penas as muitas horas de viagem.
— Deveríamos investir por lá. – Fernando mirou o filho.
— Vamos ver como ficamos com toda a situação do López. – mirou o pai. – Já marcamos a reunião para amanhã.
— Bom, bom. – assentiu. – Soa bem, meu filho.
— Vocês nos dão licença? – Christopher abraçou a noiva. – Meu irmão está chamando.
— Claro, por favor. – Fernando gesticulou.
— Foi um prazer, Moniele. – Dulce sorriu. – Com licença.
E pela primeira vez desde que haviam pisado no lugar, Dulce e Christopher conseguiram ter um tempo a sós.
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Leblon após às 22h
RomanceO primeiro abuso sexual aconteceu aos 12 anos, mas ninguém acreditou quando ela disse. O pai afirmou que a menina só queria chamar a atenção, os irmãos disseram que não passava de um delírio de garota, ela nem era tão bonita assim. A mãe foi silenci...