01 de Dezembro de 2014 – Uckermann Arquitetura – Sala da Presidência – Rio de Janeiro, Brasil
— Por favor, senhorita Muller. – a recepcionista deu a volta no balcão. – Vou acompanhá-la.
— Muito obrigada. – a morena a seguiu até a sala.
— O senhor Uckermann já está à sua espera. – subiu as escadas. – Posso lhe oferecer uma água? Um café?
— Não é necessário, eu agradeço. – ajeitou a bolsa no ombro.
Seguiram até a sala do arquiteto, a secretária deixou que a morena entrasse e logo saiu dali.
— Boa tarde, Uckermann. – sorriu ao vê-lo.
— Boa tarde. – cumprimentou-a com dois beijos no rosto. – Perdão por não ter te ligado.
— Eu tomei como uma resposta positiva. – riu. – Fiz mal?
— Não, na verdade... – apontou a cadeira para que ela se sentasse. – É que eu estava em uma reunião e acabei me enrolando, enfim... hoje é um dia difícil.
— Sei... – franziu levemente o cenho. – Presumo que não tomaremos um café, então, certo?
— Te peço perdão mais uma vez. – corou, estavam sem graça. – Eu deveria ter avisado, eu...
— Não, imagina, está tudo bem. – forçou o sorriso. – Nós podemos remarcar.
— A próxima semana é uma boa data. – ele pediu. – Qualquer dia. Prometo que será a minha prioridade.
— Talvez segunda-feira? – sugeriu. – Se você pu... – parou de falar ao reparar no porta-retrato dele. – Essa é a filha... essa é a Espinosa?
— O que? – então reparou na foto. – Ah, sim! Minha noiva.
— Sua... que? – piscou seguidas vezes.
— Dulce. – então sorriu. – Minha noiva.
— Não sabia que era noivo da filha do Fernando. – encarava a foto. – A filha desaparecida dele.
— Ela já era a minha noiva antes de ser a filha dele. – sorriu de lado. – É uma longa história, enfim, vai ser bom conseguimos esse café na próxima semana, porque assim ela pode participar.
— Claro... – forçou o sorriso. – O café... com ela... claro.
— Sinto muito pelo desencontro hoje, foi um erro meu, um completo erro, realmente te peço perdão.
— Não se preocupe. – contraiu os lábios. – Nós voltamos a nos ver semana que vem e tudo... vai dar tudo certo.
— Obrigado por entender. – lhe estendeu a mão.
— Não por isso. – cumprimentou-o e levantou-se. – Semana que vem, então?
— Semana que vem. – sorriu. – Te acompanho até a recepção.
— Obrigada.
— Eu nem perguntei, você quer deixar alguma proposta aqui? Eu posso levar para a Dulce dar uma olhada e...
— Não é preciso. – saiu com ele da sala. – Posso trazer tudo na próxima semana e nós analisamos juntos. – forçou o sorriso, não havia feito grandes documentos e não pretendia dividir o café com ninguém além do homem.
— Está perfeito assim. – sorriu e reparou na sogra que cruzava o corredor, então lhe acenou.
— Boa tarde. – Blanca lhe acenou de volta e logo virou no próximo corredor.
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Leblon após às 22h
RomanceO primeiro abuso sexual aconteceu aos 12 anos, mas ninguém acreditou quando ela disse. O pai afirmou que a menina só queria chamar a atenção, os irmãos disseram que não passava de um delírio de garota, ela nem era tão bonita assim. A mãe foi silenci...