Parte 118

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02 de Dezembro de 2014 – Rio Sul Shopping – Botafogo – Rio de Janeiro, Brasil

— Vai, Marcela, deixe de enrolar! – Dulce colocou a bandeja na mesa. – Conte direito!

— Com detalhes! – Andreza sentou-se ao lado da amiga. – Tintim por tintim.

— Eu contei o que interessa. – sentou-se com a bandeja. – Ele foi me buscar em casa e nós saímos.

— Essa parte é ridiculamente óbvia. – Dulce tirou os talheres do saco plástico. – Eu quero detalhes. Anda, pare de charme!
— Se pegaram antes de chegar ao restaurante? – Andreza abriu o lanche do Mc Donalds.

— Claro que não! – arregalou os olhos. – Óbvio que não! Foi assim... – jogou o queijo ralado no macarrão. – Ele passou pra me pegar, e ali já começou o problema, né? Porque ele resolveu ir de moto. Levou o capacete e tudo, mas mesmo assim, né?

— Eu já amei! – a loira gargalhou. – Altas aventuras!

— Sorte dele que eu não tinha escolhido vestido ou saia, porque não havia a menor chance de eu trocar de roupa. – fez questão de dizer e as amigas apenas riram. – Mas aí fomos até o restaurante e... uff, ali eu tive que ceder, porque o lugar era lindo!

— Eu disse! – Dulce pontuou. – Teteu é um cavalheiro, não ia dar mancada!
— Continuando... – arqueou as sobrancelhas e voltou a falar. – Ele não foi tão insuportável comigo, sabe? Me contou sobre o dia dele, falou do trabalho, não arranjou encrenca à toa.

— Ele faz apenas pra te provocar. – a loira sorriu. – Até eu já saquei isso e nem o conheço.

— Claro que faz, Dê! – Dulce riu e cortou o frango. – Eu conheço o Mateus há anos, pelo amor de Deus. Ele caiu por ela no instante em que a viu.

— Não vou contar mais, hein? – Marcela resmungou. – Vocês me atrapalham!

— Tá bom, vai, desembucha. – Andreza girou os olhos. – Conte a sua versão.

— O restaurante era aberto, ele sugeriu o cardápio, mas me pediu para opinar o tempo todo, ele escolheu o vinho, ele foi... – corou de leve. – Foi bem diferente do que eu esperava.

— E você gostou! – Dulce inclinou o corpo para ela.. – Gostou muito, né?

— Ah... – sorriu de lado e as amigas gargalhara. – Ué, gente! É só que não estou acostumada a tanto cavalheirismo, tanta gentileza, tanta...

— Perfeição? – Andreza brincou.

— Isso é homem de verdade, Marce. – complementou. – Não aceite menos que isso.

— Mateus, definitivamente, elevou o padrão. – sorriu ao confessar. – E depois nós ainda andamos de moto, e ele me levou para a casa dele e...

— Opa! – Andreza controlou o grito.

— Tirou a teia de aranha do meio das pernas! – Dulce gargalhou. – Até que enfim, Brasil!

— Claro que não! – esbravejou. – E eu não tenho teia de aranha!
— Não, Marce, pelo amor! – Andreza a olhou. – O cara te leva pra jantar, vocês voltam para a casa dele e não se comem? Você é de ferro ou o que?

— Não sei, só... sei lá, nós deitamos no jardim, perto da piscina, ficamos olhando as estrelas e conversando... – deu de ombros. – A hora passou e não sentimos necessidade de fazer nada além.

— Como que não? Eu estou sentindo a necessidade por você! – Andreza a olhou com expressão de súplica. – O homem, literalmente, te levou para ver as estrelas, Marcela!

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora