Parte 19

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18 de Abril de 2014 – Catete – Rio de Janeiro, Brasil

Blanca fez com que Christopher estacionasse o carro dentro do prédio, e depois subiu falando no elevador com o casal, contando tudo o que havia preparado para o café da manhã.

— Mas você tem certeza que posso ficar? Não vai atrapalhar? – ele perguntou apenas por educação, estava louco para conversar com a sogra.

— De maneira alguma, é bom ter visita. – abriu a porta do apartamento. – Normalmente somos apenas Dulce e eu. – sorriu. – Pode entrar, filho, fique à vontade. É tudo simples, mas bem cuidadinho.

— É uma graça. – entrou na frente da namorada, reparando em todo o apartamento.

De fato não havia muito luxo, o sofá era simples, as paredes claras e a televisão não era das mais modernas, mas tudo estava absolutamente bem organizado, em seu devido lugar; talvez mais caprichado do que em seu próprio apartamento. Christopher, no entanto, pensou que poderia fazer uma excelente reforma ali, dar cores mais vivas ao ambiente e comprar novos móveis.

— Eu já estava com a mesa quase pronta. - Blanca disse, caminhando até a cozinha. - Já podem se sentar. Dul, faça o príncipe se sentir à vontade.

— Pare de chamá-lo assim. - reclamou com a mãe. - Que coisa!

— Eu não me incomodo. - piscou para a namorada e sentou-se no sofá. - Adorei o seu apartamento.

— Ok, legal. - ironizou. - Já pode ir agora.

— Dul, relaxa. - deu de ombros. - Tudo isso é ciúmes? Só por que sua mãe é maravilhosa?

— Christopher. - sentou-se ao lado dele. - Não me sinto bem com você aqui dentro.

— Credo. - franziu o cenho. - O que eu fiz?

— Não, eu... - suspirou. - Não por isso, mas porque... é você. Aqui não é nem metade de tudo o que é o seu apartamento.

— Aqui tem o dobro de valor de quem me importa. - puxou-a para perto. - Porque tenho você e a sua mãe, e sabendo que ela é importante pra você, se torna importante pra mim também.

— Christopher... - quis falar, mas as palavras haviam sumido.

— Sem contar que ela é linda, né? - abraçou-a. - Já sei de onde veio a sua beleza. Você não se parece com os seus irmãos, você é a cara da sua mãe!

— Fale baixo. - sussurrou. - Sim, eu sei que sou parecida.

— Estou feliz de tê-la conhecido. - ficou sério. - Estou mesmo, foi uma feliz coincidência.

— Por favor, te imploro, não comente isso com ninguém. Nem em seu momento de maior loucura e insanidade, não deixe isso escapar para os meus irmãos ou pra qualquer outra pessoa. - receosa.

— Você tem a minha palavra. - mostrou a mão pra ela. - Não falarei nada, você não precisa se preocupar.

— Obrigada. - tocou a mão dele.

— Só precisa se preocupar com o fato de que eu posso seriamente me apaixonar pela sua mãe. - entrelaçou a mão com a dela. - Porque ela é um amor de pessoa.

— Ridículo. - riu e ele lhe roubou um beijo. - Você é o pior, Christopher.

— É, pode chamar assim, se quiser. - sorriu de lado.

— Dul, venha comer! - chamou-a da cozinha. - Traga o príncipe.

— Já vou, minha rainha. - o arquiteto levantou-se e foi rapidamente até a cozinha.

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora