Parte 75

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23 de Outubro de 2014 – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro, Brasil

A manhã começara cedo para Christopher, daquela vez não havia folga do trabalho e ele teria que lidar com os problemas corriqueiros.

Chegou ao escritório ainda cedo, antes das oito horas da manhã, e aproveitou o tempo para adiantar seu trabalho.

Quase no fim da manhã, Alexandra passou para visitar o filho, e dessa vez vinha mais curiosa do que nunca.

— Bom dia, meu príncipe! – exclamou ao entrar na sala do filho mais novo.

— Bom dia, mãe. – riu diante de tal animação.

— Como você está lindo com 26 anos. – aproximou-se dele.

— Mãe! – riu, e ela gesticulou para que ele se levantasse.

— Parabéns, meu amor. – abraçou-o. – Queria muito ter estado com você no seu dia.

— Obrigado, mãe. – ganhou um beijo dela. – Vamos comemorar amanhã, não vamos? É o que importa.

— Você é o meu orgulho! – sorriu e então deu a volta na mesa, sentando-se de frente para ele. – O que é isso? – reparou no porta retrato.

— Eu trouxe hoje. – virou a foto pra ela. – Dulce relutou, mas acabou aceitando.

— Ora... – pegou a foto, olhando-a melhor. – Faz tempo isso, querido?

— Foi em Angra, no começo do ano. – disse distraído. – É uma das minhas fotos preferidas.

— Começo do ano? – franziu o cenho. – E vocês já se conheciam?

— Sim, claro.

— Antes de contratá-la para trabalhar aqui em abril? – encarou o filho, que percebera que havia falado demais. – Christopher?

— Sim. – assumiu. – Dulce e eu estamos juntos desde janeiro, pouco tempo depois do casamento do Poncho.

— O que? – arregalou os olhos. – E eu fiquei empurrando-a para você!

— Me desculpe, mãe. – tocou uma das mãos dela por cima da mesa. – Ninguém sabia, nós estávamos vendo onde tudo isso terminaria.

— E vai terminar em casamento. – completou por ele.

— Vai terminar em casamento. – abriu um enorme sorriso. – Ainda bem, né?

— É... – colocou o porta retrato novamente na mesa. – Vim porque foi impossível não entrar na internet.

— Sei o que vai falar... – suspirou.

— Não me diga que fez isso para que o Fernando te desse o trabalho. Por favor, não me diga, Christopher. – séria. – Não criei os meus filhos pra isso.

— O que? Nunca! – abismado com ela. – Jamais faria isso com a Dulce.

— Com a Dulce? – arqueou a sobrancelha.

— Fernando não me interessa, mas ela... Não faria nada no mundo que pudesse prejudicá-la de qualquer forma. – sincero.

— Eu te criei bem. E sua boa criação independe da outra pessoa. – assentiu. – E ainda mais agora que a outra pessoa é seu sogro.

— Eu sei disso, fui mesmo bem criado e valorizo isso. – sorriu para a mulher. – E amo... eu amo a Dulce. Muito.

— Uma Espinosa... – riu baixinho, e ele deu de ombros. – Quem poderia imaginar, meu filho?

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora