Parte 15

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— Está me marcando apenas pra ter certeza de que eu não irei trabalhar? - tentou encará-lo. - Christopher. Olha pra mim quando eu falo, por favor. - colocou as mãos no rosto dele. - Christopher.

— Perdão. - disse baixo. - Nunca quis te machucar.

— Disse que era sua. - ele correspondeu ao olhar. - Eu prometi que ficaria com você, eu disse que queria isso. Eu vou deixar a Telma e farei isso porque eu quero. Quero ficar com você. Não vou sair porque estou inadequada pra trabalhar, eu vou sair porque eu quero você, porque te dei a minha palavra. - sentia-se mal. - Eu confio em você. Gostaria que confiasse em mim também.

— Perdão. - abraçou-a novamente. - Perdão por tudo, fui ridículo. Gosto tanto de você, eu quero te ter comigo, eu confio em você. Confio de verdade.

— Ok. - ele lhe beijou o rosto.

— Eu confio em você, de verdade. Não está sozinha nessa, eu não... não vou falhar. - voltou a olhá-la nos olhos. - Me desculpe por te machucar e por não ser transparente contigo.

— Se vamos fazer isso, se você quer tanto quanto me faz acreditar que quer...

— Eu quero. - interrompeu-a.

— Então confie em mim. Se joga nessa comigo. - pediu. - Porque eu estou 100% com você, eu me atirei de cabeça nisso, estou arriscando tudo o que tenho. Preciso de você. Preciso saber que isso é sério.

— Isso é sério, eu confio em você. - sincero. - Pode confiar em mim, porque eu confio em você também. Se joga, porque eu estarei mais do que pronto pra te segurar. - ela assentiu. - E segurar a sua mãe também. - a ruiva riu. - Amo você, Dul.

— Você é absurdo demais. - beijou-lhe os lábios. - Não sei como posso gostar tanto.

Ela disse quase como um sussurro, e ele achou que também não era mais momento de responder, então apenas seguiu beijando os lábios dela, já com a mesma calma e romantismo que ela estava acostumada a receber dele.

Sua mão novamente aproximou-se da perna dela, mas dessa vez a ruiva separou os lábios e os levou até o pé do ouvido dele.

— Me leva pra cama. - pediu baixinho.

Ele sorriu e fez o que ela pedira, perguntou-se se tal pedido não fora devido ao seu ânimo exagerado anteriormente, mas decidiu esquecer tais pensamentos, aquilo não era do feitio da ruiva.

Deitou Dulce na cama, e antes que pudesse pensar em se afastar, sentiu os braços dela ao redor de seu pescoço, abraçando-o com extrema doçura, enquanto o corpo dela parecia se encaixar perfeitamente debaixo do seu.

Beijou-lhe os lábios demoradamente, perdeu-se nos beijos dela; a última vez que a tivera tão entregue assim fora em Angra dos Reis, no final de semana que durou certamente menos do que ele desejaria.

Quando separou os lábios novamente e encarou a ruiva, viu que ela sorria; sorria tranquilamente, sorria com sinceridade, sorria com genuína alegria por estar com ele.

Desceu os beijos suavemente pelo corpo dela, deslizou o vestido dela para baixo, livrou-a da lingerie por completo. Sua boca seguia distribuindo beijos pela pele da ruiva até que chegasse novamente ao centro de seu corpo.

Dessa vez Dulce pôde desfrutar completamente das sensações que lhe invadiam a alma quando a língua dele preenchia seu corpo tão intimamente. Aquele era o Christopher de quem sentira tanta falta e por quem se apaixonara, por mais que não fosse a atitude mais indicada.

— Hm. - Dulce fechou os olhos, deslizando os dedos pelo lençol, apertando-o hora ou outra.

Queria falar o nome dele, mas a língua travava sempre que tentava abrir os lábios, a garganta secava, o peito subia e descia de forma descompassada; Christopher sabia colocá-la fora de órbita.

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora