Parte 50

460 34 33
                                    

14 de Agosto de 2014 – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro, Brasil

— Christopher? – perguntou, assim que o homem atendeu ao telefone.

— Boa noite, Blanquinha. – sorriu, enquanto colocava a lasanha no forno. – Como passou o resto da tarde? Você está bem?

— Ora, querido, nada mais me derruba. – disse com simpatia.

— Graças a Deus!

— Bom, talvez só uma pessoa me deixe mais preocupada do que qualquer outra coisa nesse mundo. Você sabe, não é? – riram juntos.

— Eu sei perfeitamente. – fechou o forno. – Mas Dulce está bem. Ela estava um pouco cansada, os dias têm sido muito intensos pra ela. Então a deixei dormir um pouco, e ela ainda não acordou.

— Ótimo. Isso é muito bom, meu filho. – aliviada. – Escute, eu sei que isso não é problema seu, na verdade você faz mais do que deveria, mas...

— Não precisa falar nada. – adiantou-se. – Tudo o que envolve a Dulce ou a senhora, já é problema meu. Não vou me cansar disso.

— Você é realmente um príncipe, meu querido. – sincera. – Na realidade, gostaria de lhe pedir um favor.

— O que a senhora precisar! – disse logo. – Qualquer coisa.

— Não é obrigação sua, e eu nem deveria pedir, sei que essa história com os meninos é bastante complicada. – sem jeito. – Mas... querido, se você pudesse, gostaria que conversasse com a Dulce sobre isso.

— Ahm... – sentou-se à mesa.

— Eu sei que pode parecer um absurdo, mas eu tive quatro filhos. O que quero é que os quatros estejam bem, sempre criei os meninos para cuidarem da Dulce. Me entristece que as coisas estejam da forma que estão.

— Não imagino o quanto isso é difícil para uma mãe. – honesto. – Eu realmente gostaria de ajudar, mas... Não me leve a mal, Blanca, mas Dulce sofreu demais com tudo o que o Antonio fez. Se houve algum momento em que os meninos deveriam tê-la protegido, o momento era aquele.

— Houve um erro, eu sei. Mas não podemos viver no passado pra sempre. – suspirou. – Você pode me ajudar?

— Eu...

— Christopher, depende de mim e de você pra reparar e entregar uma nova família para a Dulce. – séria. – Com o Antonio preso nós já eliminamos a maior parte dos problemas. Eu não acho que Fernando vá atrás dela.

— Certo. – ficou sem jeito. – Eu vou tentar falar com ela, então.

— Não quero prejudicar o que vocês têm. Se sentir que ela não está disposta, então esqueça isso. – sensata. – Só peço que tente uma única vez. Dulce escuta você de uma forma que não escuta ninguém mais.

— Pode contar comigo. – forçou o sorriso. – Eu vou tentar ajudar.

— Obrigada por tanto, meu querido. De verdade. – disse aliviada. – Quando Dulce acordar, você pode pedir pra que ela me ligue?

— Claro. Assim que ela acordar. – garantiu.

— E faça com que ela coma também. – riu. – Ela é bem teimosa pra isso.

— Não se preocupe, a lasanha já está no forno. – sorriu de lado.

— Espero que vocês sejam muito felizes, Christopher. – sincera. – Bem, eu estarei aqui em casa. Daniel está comigo.

— Se precisar de qualquer coisa, pode ligar aqui.

— Eu ligo, mas vocês fiquem tranquilos e aproveitem a noite.

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora