Parte 52

423 38 25
                                    

16 de Agosto de 2014 – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro, Brasil

— Amor. – ele estendeu a camisa azul pra ela.

— Estou muito você, não acha? – colocou a camisa do homem. – Sua samba canção, sua camisa...

— Meu chinelo. – empurrou o par pra ela.

— Eu sou você. – levantou-se da cama. – Mas prefiro ficar descalça.

— Deveria deixar mais roupas suas aqui, sabia? – levantou-se da cama.

— Hey, hey, hey, onde você vai? – o viu colocar o chinelo.

— Preparar o café da manhã...? – franziu o cenho. – São quase 10h.

— Ok, mas por favor... – jogou a camiseta pra ele. – Você sem camisa é distração demais pra mim.

— A cozinha é sempre um ótimo cenário. – brincou, e ela gargalhou.

— Anda logo, bonitão. – esperou-o na porta do quarto. – Eu estou cheia de fome. Você tirou toda a minha energia.

— Eu? Pelo o que eu me lembro, quem chegou cheia de fogo foi você. – abraçou-a de lado.

— Bom, você não me dispensou... – piscou.

— Não conte com isso nunca, meu amor. – garantiu. – Nunca. O que vai querer pra comer?

— Omelete? Eu faço as torradas, se quiser.

— Feito. – assentiu.

Então foram juntos para a cozinha, e enquanto ele preparava os ovos, ela fazia as torradas e o café.

Arrumaram os pratos na mesinha de centro da sala, ligaram a televisão e comeram juntos no sofá, enquanto conversavam e comentavam sobre o seriado que passava.

— Você caprichou, viu? – ele comentou, dando mais uma mordida na torrada. – Ficou muito bom.

— Eu ainda não comi. – sentada ao lado dele, com as pernas em seu colo. – Mas tudo com requeijão fica bom.

— Você está acabando com a omelete. – riu.

— Você fez, eu vou comer. – deu de ombros. – Agora não tenho mais obrigação de viver de dieta.

— E nem precisa. – raspou o que restava do requeijão. – Eu gosto de você assim.

— Tudo isso é fome? – reparou no esforço dele em pegar mais requeijão. – Tem um pote cheio na geladeira.

— Eu consigo aqui. – disse orgulhoso, e ela se levantou. – Não, amor... Dul...

— Eu pego pra você. – deixou o prato em cima da mesinha. – Calma aí.

— Não precisava. – gritou pra ela, que foi até a cozinha.

— Não custava nada. – gritou em resposta.

— Custa os segundos longe de você. – escutou a campainha. – Hm.

Ele franziu o cenho, imaginando que vizinho seria àquela hora da manhã, já que o porteiro não deixaria ninguém entrar sem antes interfonar.

Levantou-se do sofá e foi atender, tentando fazê-lo antes que a namorada voltasse para a sala.

— Filhinho? – Alexandra sorriu ao vê-lo.

— Mãe? – arregalou os olhos e fechou a porta atrás de si. – Que... surpresa. O que veio fazer aqui tão cedo? O porteiro não disse nada.

— Eu não preciso ser anunciada. – riu. – Ainda está de pijama. – notou. – Acordou agora?

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora