13 de Abril de 2014 – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro, Brasil
Domingo. Christopher acordou mais cedo do que o normal e diferente do costume, não foi encontrar o irmão e o amigo para a tradicional corrida na praia de Copacabana.
Ao invés disso tomou um bom banho, arrumou-se e foi até o apartamento de Mayra; não esperaria para acertar as coisas com a morena.
Esperou que o porteiro liberasse sua entrada e então subiu até o oitavo andar, ansioso pelo momento.
— Christopher! – a morena jogou-se em seu colo assim que ele saiu do elevador. – Meu Amor, que visita maravilhosa! Não esperava te ver tão cedo! Já tomou o café? – arrastou-o para dentro do apartamento. – Eu ainda não preparei nada, mas podemos comer fora.
— Eu estou bem. – sem jeito. – Na verdade, vim porque precisava falar algo com você.
— Comigo? – se pôs ansiosa. – Ok, diga.
— Podemos sentar?
— Claro. – riu e o levou até o sofá. – E então?
— Bom, Mayra... – ela lhe sorriu. – Eu... Nos conhecemos há muito tempo e você sempre foi uma boa pessoa.
— Uhum. – não tirava os olhos dele.
— Passamos por bons momentos, sabe que sempre te apoiei.
— E ter ido ao meu desfile significou muito pra mim. – tocou a mão dele. – Muito mesmo, de verdade. Você significa tanto.
— Ok. – respirou fundo. – O que vou te dizer é...
— Oh, meu Deus. – sentiu o coração acelerar. – Não estava preparada pra isso, mas ok. – ela colocou alguns fios do cabelo para trás.
— Ir com você ao desfile não significa que voltamos.
— Eu aceito! – disse animada, cortando-o.
— Preciso esclarecer que não temos nada. – seguiu e logo arregalou os olhos.
— O que? – o sorriso da morena murchou. – O que disse?
— O que? – confundiu-se com ela.
— O que você disse? – ela franziu o cenho. – Não veio me pedir em casamento?
— Eu? Não. – assustou-se. – Vim esclarecer que não voltamos, não quero ser mais do que seu amigo.
— Christopher. – arregalou os olhos. – Você foi comigo ao desfile!
— Te disse que iria por consideração à nossa amizade, e porque Christian não me deixaria em paz, mas não significava que havíamos voltado. – ela levou as mãos ao rosto. – Te disse várias vezes que não tinha volta.
— Era ideal. – sussurrou. – Minha irmã e Christian, Poncho e Any, você e eu...
— Mayra, adoro você como pessoa, mas não como namorada. Não te amo. – sem jeito. – Me desculpe. Te disse muitas vezes.
— Quem é a mulher? – encarou-o. – Quem é ela? Arquiteta? Médica? Quão rica ela é? Porque a minha família está muito bem, você sabe disso!
— Não tem ninguém. – achou melhor mentir.
— Claro que tem. Antes você me disse que não queria namorar, e agora a desculpa é que não me ama. O problema deixou de ser você e se tornou o fato de ser eu. – ele pareceu pensar desesperadamente em uma desculpa. – Então quem é ela? O que ela faz? Ela é arquiteta?
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Leblon após às 22h
RomansO primeiro abuso sexual aconteceu aos 12 anos, mas ninguém acreditou quando ela disse. O pai afirmou que a menina só queria chamar a atenção, os irmãos disseram que não passava de um delírio de garota, ela nem era tão bonita assim. A mãe foi silenci...