Parte 78

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— Ele estava tentando te ajudar. – Alejandro explicou.

— Mas eu juro que estou desistindo. – cruzou os braços. – Christopher vai embora comigo, ele não vai ficar pra essa palhaçada.

— Ele me disse que era urgente. – sem jeito.

— E é urgente. – ressaltou.

— Não é nada. – brava. – O médico não o liberou para trabalhar, mas ele não quer tirar o pé daqui.

— Fernando, se for algo em relação ao hotel, pode me falar a qualquer momento, não precisa se preocupar agora. – assustou-se. – Não arrisque sua saúde.

— Eu arrisco a minha saúde ficando em casa, procrastinando o dia inteiro. – bravo. – Esses dois não sabem o que falam.

— Eu desisto. – Alejandro levantou as mãos. – Que velho teimoso! – o pai fez careta.

— Não te chamei aqui para reclamar sobre nada, Christopher. Eu queria te contar pessoalmente algo. – calmo. – E agora que Dulce está aqui, você não precisará contar para ela.

— Se queria que eu soubesse, era só me ligar. – revirou os olhos. – Não tem que tirar o Christopher do serviço.

— Você não viria. – olhou-a. – Não gosta de me visitar.

— Ah, pronto, agora vai bancar o velho teimoso e dramático! – resmungou.

— Amor. – olhou feio para a noiva, que apenas arregalou os olhos e apontou o senhor.

— Antonio embarcou hoje para Portugal. – contou, por fim.

— Isso? – Alejandro bufou. – Era isso que queria contar? Não poderia ser por telefone? Eu poderia ter contado, pai! Todos já sabíamos disso!

— O que? – a morena parou no mesmo instante.

— Liguei para o Christopher para saber de você, minha filha, porque você não vem me ver nunca. – ela nem mesmo reclamou. – E ele disse que você estava bem.

—Daniel me liga com frequência e está sempre me contando de você. – simples. – Eu sabia que estava bem.

— Mas perguntei ao Christopher porque você não vinha, e ele me disse que você estava fazendo as coisas no seu tempo.

— Ele me respeita. – o noivo a abraçou de lado. – O senhor poderia começar a fazer o mesmo, seria ótimo.

—É... - assentiu. – Pedi que ele cuidasse de você. E ele me pediu o mesmo. – riu ao contar, e a morena sentiu a mão do noivo mais firme em sua cintura. – Eu fiquei pensando no que aquilo significava, mas aí me lembrei... Esse garoto é um Uckermann. – apontou o rapaz, sorrindo de lado. – Ele age mesmo quando parece não fazer nada. Então eu entendi o pedido, e Antonio não voltará mais. – cruzou os braços. – Nem para o Brasil, nem para essa família e nem para essa empresa.

— O que está dizendo? – Alejandro franziu o cenho. – E as ações dele?

— Seu tio as perdeu quando foi preso por ter me roubado. – simples. – Eu apenas dei a ele condições justas de morar fora, afinal de contas ele é da família. Mas essa empresa é minha, apenas minha.

— Não sabíamos disso. – encarava o pai. – Rafael queria comprar as ações, eu te pedi tantas vezes... não vai dividir com ninguém?

— Não, Alejandro, essa empresa é minha até o dia em que eu morrer. – disse bastante sério. – Chega de sócios.

— Chega você. – reclamou. – Você está louco! – saiu da sala. – Louco!

— Alejandro! – Dulce o chamou.

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora