Parte 115

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— E acha que ela me deixaria vir sozinho num evento com tanta mulher bonita? – riu e negou com a cabeça. – Me diz aí, Dul, quem você quer conhecer?

— Vai, amor. – incentivou-a. – Foque no que interessa.

— Está bem. – ela olhou ao redor e sorriu. – Já sei por onde começar.

Christian não poupou esforços para ajudar a morena, apresentou-a com orgulho a todos que conhecia, e só afastava-se quando notava que ela já estava completamente à vontade.

Christopher falava pouco, mas era extremamente assertivo em tudo o que comentava. Em momentos como aquele, não podia negar a semelhança que encontrava da noiva com o restante da família. Muito mais do que o talento para a moda, Dulce tinha um dom para a comunicação, desenvolvia conversas com facilidade e era de se admirar a rapidez com que as pessoas se rendiam à ela.

Via em Dulce a mesma lábia que identificara em Fernando, logo que o conhecera, certas características não poderiam ser escondidas, a genética sempre terminava falando mais alto.

Perto do início do desfile, ela encerrou a conversa e foi com o noivo até o lugar reservado para eles.

— Preciso comentar uma única coisa. – caminhava com ela até a cadeira.

— O que quiser. – sentia-se radiante.

— Você tem um talento natural pra tudo isso. – disse e ela o olhou. – Se encaixa perfeitamente nesse universo.

— Nasci pra isso. – disse orgulhosa. – É desse lado do jogo que eu sempre quis estar.

— É onde merece estar. – corrigiu-a. – Estou muito orgulho por isso.

— Estou feliz que esteja comigo. – sorriu com ele. – É muito importante pra mim.

— Quero estar semp... – o corpo chocou-se contra o seu. – Perdão! Perdão, eu...

— Christopher! – Maite lhe sorriu. – Dulce! Meu Deus, que coincidência encontrar vocês aqui!

— Oi, Mai. – ele forçou o sorriso ao notar que ela não estava sozinha.

— Não sabia que viriam! – cumprimentou-o e logo fez o mesmo com a morena. – Está linda, Dul!

— Obrigada, é bom... bom te ver. – a mão encontrou-se novamente com a do noivo, buscando por apoio.

— Christian está trabalhando, mas eu vim com a Mayra. – apontou a irmã. – O evento está lindo.

— Christopher. – Mayra o encarou por alguns segundos.

— Boa noite. – ele manteve-se de mãos dadas com a noiva.

— Dulce. – forçou o sorriso e a morena fez o mesmo.

— Mayra. – manteve-se firme no olhar. – Bom, nós íamos nos sentar.

— Claro, foi bom encontrar vocês! – Maite aliviou o clima. – Nos vemos depois do desfile.

— Uhum, bom desfile. – Dulce assentiu e o noivo a puxou dali. – Meu Deus, que desconfortável.

— Ela não vai fazer nada. – abraçou-a pela cintura. – E não teremos que encontrá-la de novo.

— Eu sei, mas ainda assim é desconfortável. – comentou. – Ela te devora com os olhos. E me fuzila da mesma forma.

— Ela não é importante. – puxou a cadeira para a morena. – Não pense nela.

— É um pouco difícil. – sentou com ele. – Obrigada.

— Prometo te distrair mais tarde. – abraçou-a novamente. – De uma maneira que não posso te distrair agora.

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora