— E acha que ela me deixaria vir sozinho num evento com tanta mulher bonita? – riu e negou com a cabeça. – Me diz aí, Dul, quem você quer conhecer?
— Vai, amor. – incentivou-a. – Foque no que interessa.
— Está bem. – ela olhou ao redor e sorriu. – Já sei por onde começar.
Christian não poupou esforços para ajudar a morena, apresentou-a com orgulho a todos que conhecia, e só afastava-se quando notava que ela já estava completamente à vontade.
Christopher falava pouco, mas era extremamente assertivo em tudo o que comentava. Em momentos como aquele, não podia negar a semelhança que encontrava da noiva com o restante da família. Muito mais do que o talento para a moda, Dulce tinha um dom para a comunicação, desenvolvia conversas com facilidade e era de se admirar a rapidez com que as pessoas se rendiam à ela.
Via em Dulce a mesma lábia que identificara em Fernando, logo que o conhecera, certas características não poderiam ser escondidas, a genética sempre terminava falando mais alto.
Perto do início do desfile, ela encerrou a conversa e foi com o noivo até o lugar reservado para eles.
— Preciso comentar uma única coisa. – caminhava com ela até a cadeira.
— O que quiser. – sentia-se radiante.
— Você tem um talento natural pra tudo isso. – disse e ela o olhou. – Se encaixa perfeitamente nesse universo.
— Nasci pra isso. – disse orgulhosa. – É desse lado do jogo que eu sempre quis estar.
— É onde merece estar. – corrigiu-a. – Estou muito orgulho por isso.
— Estou feliz que esteja comigo. – sorriu com ele. – É muito importante pra mim.
— Quero estar semp... – o corpo chocou-se contra o seu. – Perdão! Perdão, eu...
— Christopher! – Maite lhe sorriu. – Dulce! Meu Deus, que coincidência encontrar vocês aqui!
— Oi, Mai. – ele forçou o sorriso ao notar que ela não estava sozinha.
— Não sabia que viriam! – cumprimentou-o e logo fez o mesmo com a morena. – Está linda, Dul!
— Obrigada, é bom... bom te ver. – a mão encontrou-se novamente com a do noivo, buscando por apoio.
— Christian está trabalhando, mas eu vim com a Mayra. – apontou a irmã. – O evento está lindo.
— Christopher. – Mayra o encarou por alguns segundos.
— Boa noite. – ele manteve-se de mãos dadas com a noiva.
— Dulce. – forçou o sorriso e a morena fez o mesmo.
— Mayra. – manteve-se firme no olhar. – Bom, nós íamos nos sentar.
— Claro, foi bom encontrar vocês! – Maite aliviou o clima. – Nos vemos depois do desfile.
— Uhum, bom desfile. – Dulce assentiu e o noivo a puxou dali. – Meu Deus, que desconfortável.
— Ela não vai fazer nada. – abraçou-a pela cintura. – E não teremos que encontrá-la de novo.
— Eu sei, mas ainda assim é desconfortável. – comentou. – Ela te devora com os olhos. E me fuzila da mesma forma.
— Ela não é importante. – puxou a cadeira para a morena. – Não pense nela.
— É um pouco difícil. – sentou com ele. – Obrigada.
— Prometo te distrair mais tarde. – abraçou-a novamente. – De uma maneira que não posso te distrair agora.
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Leblon após às 22h
RomanceO primeiro abuso sexual aconteceu aos 12 anos, mas ninguém acreditou quando ela disse. O pai afirmou que a menina só queria chamar a atenção, os irmãos disseram que não passava de um delírio de garota, ela nem era tão bonita assim. A mãe foi silenci...