Parte 107

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— Eu posso. – Cherry soltou-se do homem. – Dulce, eu posso do mesmo jeito que você...

— Nem termine. – voltou a olhá-la. – Nem termine, porque é um absurdo sequer pensar.

— Então o que? – séria. – Você é diferente?

— Eu? Ah, não! – riu com ironia. – Não, definitivamente não. Mas você me alertou uma vez, eu estou te alertando agora.

— Parece que eu estava errada. – olhou de relance para o arquiteto. – Não é?

— Sempre esteve. – assentiu. – Por isso insisto: não compare. Você realmente não sabe o que diz.

— Preciso de você. – encarou-a por alguns segundos, por mais que tivessem qualquer diferença, haviam passado as mais intensas experiências juntas. – Eu realmente preciso de você.

— Vai embora. – pediu. – Vocês dois.

— Não. – a loira soou firme. – Vamos terminar isso.

— Vão! – arqueou as sobrancelhas.

— Dulce! – fitou-a.

— Anahí está voltando! – Dulce apontou a cunhada com o olhar. – Será que podem ir embora?

— Por favor. – Poncho mirou o amigo. – Brother.

— Sim. – deu a mão para a loira. – Anda, vamos.

— Não terminamos. – Cherry mirou a morena.

— Pense melhor, Vi. – foi tudo o que Dulce respondeu para ela.

— Chega disso. – Poncho pediu e encarou o empresário. – Brother?

— Claro. – mirou o advogado, como se conversassem em silêncio.

— O que preciso saber? – Poncho mantinha os olhos nos dele.

— Coquetel em Copa. – disse e o amigo logo assentiu.

— Rafael e Daniel? – perguntou e o homem negou. – Fechado.

— Fechado. – Alejandro deu um toque no ombro do amigo e logo puxou a loira para longe dali.

— Obrigado. – Poncho mirou a cunhada. – Por isso.

— Não é por você. – disse logo. – É pela pessoa inocente que está chegando agora.

— Que fila interminável! – Anahí riu ao se aproximar. – Achei que não voltaria nunca! – ela mirou os três. – O que foi, gente?

— Nada. – Dulce deu de ombros. – Você realmente demorou.

— Não vencia a fila. – pegou a cerveja na mão do marido. – E aí, bebemos ou não?

— Claro, meu amor. – abraçou-a de lado e lhe beijou o alto da cabeça. – Daqui a pouco os pasteis ficam prontos.

— Ótimo, é perfeito. – foi com ele até a mureta novamente.

— Dul. – Christopher aproximou-se dela, sussurrando. – Está bem?

— Com nojo. – olhou-o. – Do meu irmão e, me desculpe, mas do seu também.

— Não peça desculpas. – tocou-lhe a cintura apenas com uma das mãos enquanto a outra segurava a garrafa. – Compartilhamos do mesmo sentimento.

— Amor, você não ouviu o jeito que o Alejandro falava com a esposa. – bufou. – Tinha tanto pesar, como se ele realmente estivesse muito triste por não poder ficar com ela. E depois o jeito que olhava para a Vivi, como se... como se gostasse dela. Eu não consigo nem mais decifrá-lo!

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora