— Eu posso. – Cherry soltou-se do homem. – Dulce, eu posso do mesmo jeito que você...
— Nem termine. – voltou a olhá-la. – Nem termine, porque é um absurdo sequer pensar.
— Então o que? – séria. – Você é diferente?
— Eu? Ah, não! – riu com ironia. – Não, definitivamente não. Mas você me alertou uma vez, eu estou te alertando agora.
— Parece que eu estava errada. – olhou de relance para o arquiteto. – Não é?
— Sempre esteve. – assentiu. – Por isso insisto: não compare. Você realmente não sabe o que diz.
— Preciso de você. – encarou-a por alguns segundos, por mais que tivessem qualquer diferença, haviam passado as mais intensas experiências juntas. – Eu realmente preciso de você.
— Vai embora. – pediu. – Vocês dois.
— Não. – a loira soou firme. – Vamos terminar isso.
— Vão! – arqueou as sobrancelhas.
— Dulce! – fitou-a.
— Anahí está voltando! – Dulce apontou a cunhada com o olhar. – Será que podem ir embora?
— Por favor. – Poncho mirou o amigo. – Brother.
— Sim. – deu a mão para a loira. – Anda, vamos.
— Não terminamos. – Cherry mirou a morena.
— Pense melhor, Vi. – foi tudo o que Dulce respondeu para ela.
— Chega disso. – Poncho pediu e encarou o empresário. – Brother?
— Claro. – mirou o advogado, como se conversassem em silêncio.
— O que preciso saber? – Poncho mantinha os olhos nos dele.
— Coquetel em Copa. – disse e o amigo logo assentiu.
— Rafael e Daniel? – perguntou e o homem negou. – Fechado.
— Fechado. – Alejandro deu um toque no ombro do amigo e logo puxou a loira para longe dali.
— Obrigado. – Poncho mirou a cunhada. – Por isso.
— Não é por você. – disse logo. – É pela pessoa inocente que está chegando agora.
— Que fila interminável! – Anahí riu ao se aproximar. – Achei que não voltaria nunca! – ela mirou os três. – O que foi, gente?
— Nada. – Dulce deu de ombros. – Você realmente demorou.
— Não vencia a fila. – pegou a cerveja na mão do marido. – E aí, bebemos ou não?
— Claro, meu amor. – abraçou-a de lado e lhe beijou o alto da cabeça. – Daqui a pouco os pasteis ficam prontos.
— Ótimo, é perfeito. – foi com ele até a mureta novamente.
— Dul. – Christopher aproximou-se dela, sussurrando. – Está bem?
— Com nojo. – olhou-o. – Do meu irmão e, me desculpe, mas do seu também.
— Não peça desculpas. – tocou-lhe a cintura apenas com uma das mãos enquanto a outra segurava a garrafa. – Compartilhamos do mesmo sentimento.
— Amor, você não ouviu o jeito que o Alejandro falava com a esposa. – bufou. – Tinha tanto pesar, como se ele realmente estivesse muito triste por não poder ficar com ela. E depois o jeito que olhava para a Vivi, como se... como se gostasse dela. Eu não consigo nem mais decifrá-lo!
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Leblon após às 22h
RomanceO primeiro abuso sexual aconteceu aos 12 anos, mas ninguém acreditou quando ela disse. O pai afirmou que a menina só queria chamar a atenção, os irmãos disseram que não passava de um delírio de garota, ela nem era tão bonita assim. A mãe foi silenci...