03 de Agosto de 2014 - Petrópolis - Rio de Janeiro, Brasil
Dulce acordou com o sol esquentando suas costas. O corpo seguia cansado e ela não queria abrir os olhos, mas o calor e a claridade do momento, terminaram por despertá-la.
Tentou se mover na cama, mas sentiu-se presa. Ao abrir os olhos, notou os braços de Christopher ao redor de seu corpo, seu peito contra o dele, e seu rosto apoiando perfeitamente na curva de seu pescoço. Por um segundo não quis mover-se dali, havia se esquecido de como era boa a sensação de dormir agarrada ao homem.
Girou o corpo para desprender-se dele, mas mesmo tentando ser delicada, acabara acordando o arquiteto.
— Perdão. - sorriu sem graça. - Eu não queria acordar você.
— Não tem problema. - seguia abraçado a ela. - Você conseguiu dormir?
— Muito bem. - disse, e logo corou. - Digo, bem. Eu dormi bem.
— Fico feliz. - olhou-a. - Aliviado, digo.
— Christopher. - olhou para baixo.
— Ah. - soltou a cintura dela. - Me desculpe, eu... me desculpe.
— Não, na verdade... - sentou-se na cama. - Obrigada. Muito obrigada por tudo o que fez por mim.
— Em nome dos velhos tempos. - piscou com um olho só e sentou-se na cama. - Bem, são... - pegou o celular. - São 10h da manhã. O que acha de comermos e voltarmos para o Rio?
— Sim, por favor. - assentiu. - Podemos ligar para o Daniel?
— Vamos só liberar o quarto e ligamos pra ele, o que acha? Não gostei muito daqui. - riu baixo.
— Hotel de beira de estrada. - levantou-se também. - Menos mal que não apareceu ninguém pra nos assaltar durante a noite.
— Se meu carro estiver aí embaixo, já vou considerar que estamos no lucro. - riram juntos.
— Sobre a roupa, eu poderia ficar com a sua? E me troco na casa da Marcela.
— Claro, sem problema. - sorriu. - Eu paro na padaria, desço pra comprar um pão de queijo e nós comemos durante o caminho.
— Parece bom pra mim. Obrigada.
A ruiva apenas lavou o rosto e então deixaram o quarto, ela sempre mantendo-se abraçada ao arquiteto, para que o dono do hotel não tivesse pensamentos absurdos com ela.
Christopher parou na primeira padaria que encontrou, comprou um pão de queijo e um misto quente para cada um, dois sucos de laranja, e então voltou para o carro.
Não comentou, mas sorriu por dentro ao ver a vontade com que a ruiva comia o café da manhã. Ligou a música baixinha no carro, e não demorou, Dulce cochilara novamente.
Já estava quase chegando à capital, quando o celular tocou, interrompendo a música e acordando Dulce. Como mantinha o aparelho ligado ao rádio pelo bluetooth, a mulher teve a chance de acompanhar a conversa.
— Pronto. - atendeu a ligação.
— Christopher, é o Daniel. - avisou-o. - Tudo bem? Onde você está?
— Tudo certo, cara. Estou chegando ao Rio em uns cinco minutos. - olhou rapidamente no relógio.
— Minha irmã está bem? Como ela amanheceu?
— Está bem, está aqui do meu lado. - olhou de soslaio para a ruiva. - Quer falar com ela?
— Quero me encontrar com vocês. Eu cheguei ao Rio agora há pouco, vou só tomar um banho e passo no seu apartamento, pode ser assim? Vou com o Alejandro.
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Leblon após às 22h
RomanceO primeiro abuso sexual aconteceu aos 12 anos, mas ninguém acreditou quando ela disse. O pai afirmou que a menina só queria chamar a atenção, os irmãos disseram que não passava de um delírio de garota, ela nem era tão bonita assim. A mãe foi silenci...