Parte 68

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12 de Outubro de 2014 – Copacabana – Rio de Janeiro, Brasil

— Eu realmente não sei porque nós viemos aqui. – Christopher comentou, abrindo a cerveja e dividindo nos dois copos.

— Porque a praia é boa. – tirou a canga e a esticou na cadeira, sentando-se em seguida.

— Sim, mas é feriado e está lotado. – olhava ao redor. – Muita gente.

— Você já foi menos reclamão, hein, amor? – esticou a mão e ele lhe deu um copo.

— Deveríamos ter ficado na Barra, só isso. – deu de ombros.

— Brinde comigo. – levantou o copo. – Pela nossa vida morando juntos.

— Consegue ser ainda melhor do que eu imaginava. – brindou com ela. – Eu amo você.

— Eu amo você também. – bebericou a cerveja. – Hm, isso está ótimo!

— Está. – deu um leve sorriso. – Sabe, essa é a primeira vez que estamos por aqui.

— Como assim? – franziu o cenho.

— Estamos perto da... "área da Telma". – tentou soar descontraído.

— É, nós estamos. – ela disse baixo.

— É bom poder vir aqui com você e não... não ter que pensar que alguém vai te reconhecer, sabe? – sem jeito. – Não sei, é só... sabe... é bom ser um casal qualquer como tantos outros.

— Christopher. – deu a mão pra ele. – Adoro ser um casal qualquer com você. – riu baixo.

— Somos o melhor casal qualquer. – deu um selinho nela.

— Me faz um favor? Passa o bronzeador nas minhas costas?

— Na sua bunda também? – sorriu safado, e ela riu.

— No corpo todo. – piscou e jogou o bronzeador pra ele, virando-se de costas em seguida.

— Com prazer, meu amor. – disse sorridente.

Dulce sorriu sozinha, soltando um riso ou outro enquanto ele comentava o quanto ela era bonita e sensual. A morena sorria quando seus olhos pararam na mulher sentada na areia, segurando firmemente uma pequena mochila ao seu lado.

— Pronto, amor. – deu um beijo no ombro direito dela ao terminar de espalhar o bronzeador.

— Obrigada, eu... – sentou-se na cadeira. – Você não quer uma água de coco?

— Oi? – franziu o cenho. – Não estamos tomando cerveja? – indicou o copo.

— Sim, mas... uma água normal, então? – sugeriu.

— Não estou entendendo você, Dul. – confuso. – Acha que vamos ficar bêbados com uma latinha?

— Água é bom. – forçou o sorriso. – Eu vou lá pedir uma garrafinha pra nós, ok?

— Tudo bem, mas podemos pedir daqui.

— Lá é mais rápido. – deu um selinho nele e levantou-se. – Eu já volto.

— Mas... – franziu o cenho, e logo ela já havia saído dali. – Ok.

Dulce caminhou a passos rápidos até o outro lado do quiosque, e quanto mais se aproximava da mulher, mais seu coração acelerava.

— Maya? – parou ao lado dela, que rapidamente arregalou os olhos.

— Marie. – congelou. – O que está fazendo aqui?

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora