Capítulo 82

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16 de Novembro de 2014 – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro, Brasil

Christopher parou no conjunto de ruas isolado e ainda em construção. Poucas casas, pouco movimento, ruas livres; o local ideal para que ela treinasse.

— Quer dar uma volta antes? – desligou o carro e tirou o cinto.

— Quero. – também tirou o próprio cinto.

— Passa pra cá. – saiu do carro, e ela apenas pulou para o banco do lado. – Pode ajustar pra você. – entrou novamente, sentando-se no lugar antes ocupado pela morena.

— Ok. – puxou o banco quase todo para frente, e ele riu. – O que foi?

— Daqui a pouco está beijando o volante. – debochou.

— Eu sou pequena, palhaço. – fez cara feia. – Ok, o retrovisor... será que está bom?

— Eu sou só o passageiro. – colocou o cinto. – Não sei de nada.

— Tá bom. – ela ajustou o espelho. – Arruma o seu lado, por favor.

— Você controla aí. – apontou o botão ao lado da porta.

— Onde?

— Aqui. – jogou o corpo para mais perto do dela e apertou o botão. – Pra lá você muda o seu lado, e pra cá o meu lado.

— Uau, gostei. – sorriu animada. – Muito melhor que o uno que eu dirijo.

— Vai com calma. – riu.

— Ok... – observou os espelhos. – Está bom pra mim. Com eu saio agora?

— Seu pé esquerdo fica ali naquele descanso, você não vai usar pra nada. – ela assentiu. – E aqui, está vendo que estamos no P? É de parking, quando você para o carro.

— Entendido. E o R?

Reversing ou a nossa ré. – explicou. – N é o neutral ou ponto morto. – ela assentiu outra vez. – E o D é o que você mais vai usar, é o drive, pode dirigir.

— E esse sinal de mais e menos do lado?

— É o sequencial, mas você não precisa aprender agora.

— Tá bom, então podemos ir?

— Pode ir. – tranquilo.

— Onde você colocou a chave?

— A chave não fica no contato, ela só precisa estar dentro do carro. – mostrou o botão. – E você aperta o start.

— Isso é humilhante perto do uno em que eu estou aprendendo. – apertou o botão. – E agora?

— Aperta o freio. – indicou. – Tudo com a direita. – avisou, vendo-a mexer o pé esquerdo.

— Não vou usar pra nada?

— Pra nada, não tem embreagem aqui. – riu. – Aperta o freio, vai.

— Tá. E agora o D? – ele assentiu e ela assim fez.

— Pode ir soltando o freio e você vai ver que o carro vai andar um pouco. – sorriu ao vê-la fazer.

— Ele anda sozinho? – riu.

— Não, maluca, ele só anda um pouco, você precisa acelerar. – ela apertou o acelerador, arrancando o carro. – Dulce! Calma!

— Eita! – arregalou os olhos.

— Devagar. – riu. – Acelera devagar.

— Ok, de novo. – apertou mais lentamente.

— Isso aí. – sorriu de lado. – Pode ir tranquila.

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora