Parte 131

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06 de Dezembro de 2014 – Casa de Daniel – Portaria – Barra da Tijuca – Rio de Janeiro, Brasil

Christopher tinha as emoções bagunçadas naquele sábado, uma parte de si gritava de raiva por ter perdido o celular, a outra parte estava ansiosa, muito ansiosa, para encontrar a noiva outra vez.

Chegou ao aeroporto dentro do horário previsto, desceu afoito da aeronave e esperou impaciente enquanto a mala não aparecia na esteira.

Assim que saiu da área de desembarque, passou na floricultura e comprou um buquê para a noiva, Dulce nem mesmo imaginava o tamanho da saudade que ele tinha naquele momento.

Pegou o táxi e foi diretamente para a casa do cunhado, sentia o coração acelerar a cada quilômetro que passava. Chegou ao lugar quase quarenta minutos depois.

Foi até a portaria, a rua estava tranquila, apenas um carro deixava o local com certa pressa.

— Boa noite. – sorriu para o porteiro. – Eu vou na casa do Daniel Espinosa.

— Boa noite, senhor. Qual o nome, por favor? – Onofre lhe sorriu.

— Christopher Uckermann. – disse ansioso. – Obrigado.

— Um minuto, por favor, senhor Uckermann. – ligou para o homem.

— Certo, obrigado. – agradeceu outra vez, olhando ao redor enquanto criava na cabeça diferentes diálogos com a noiva, não sabia se beijá-la, se abraçá-la ou se falar com ela primeiro, sentia-se tão ansioso quanto no início do namoro.

— Senhor Uckermann? – abriu ao portão. – O senhor Espinosa já liberou. Vou precisar do seu RG.

— Sim, claro. – entrou no condomínio.

Fez o cadastro e depois apressou o passo pelas ruas até avistar a casa do cunhado, quanto mais se aproximava, mais rápido o coração poderia bater.

Assim que chegou à porta, viu o homem ali, segurando a long neck e sorrindo.

— Bem vindo, cara! – Daniel soava levemente alto pelo álcool. – Até que enfim!

— Estava louco para chegar, você nem imagina! – cumprimentou-o. – Cadê ela?

— Acho que no banheiro, eu não a vi. – entrou com ele na casa. – E essas flores?

— São um detalhe, eu não quis chegar sem nada. – deixou a mala no canto. – Tem tanto que eu preciso falar pra ela.

— Ela está ansiosa pra te ver! Não tomou álcool nenhum, porque disse que vai te levar para casa. - riram juntos. – Motorista da rodada.

— Estou muito orgulhoso dela. – confessou, sorrindo bobo.

— Meu filho! – Victor aproximou-se e Christopher não soube de onde saíra o pai. – Graças a Deus! Como foi o voo?

— Tudo certo, pai. – abraçou-o. – E tudo certo em São Paulo também, foi um sucesso.

— Ora, chegou o convidado mais esperado! – Blanca brincou e o arquiteto surpreendeu-se ainda mais por vê-la.

— O mais atrasado e o mais ansioso também. – abraçou a sogra. – Com saudade da minha menina.

— Ela está com saudade também, não para de falar de você. – beijou-lhe o rosto. – Que bom ver que está bem, meu querido.

— E Dulce, onde está? – Victor olhou ao redor. – Não a viu ainda?

— Está lá fora, não? – Blanca sorriu.

— Não. – Daniel franziu o cenho. – Porque eu estava lá fora.

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora