Parte 37

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02 de Agosto – Chácara San Agostinho – Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil

Christopher ficara na mesa com Daniel, Alejandro e Rafael. Desde o final do show, quando vira Cherry, o arquiteto preocupara-se em saber se Dulce também havia sido chamada para o evento. Por mais que olhasse para as mulheres no salão, não enxergava nenhum cabelo ruivo ali.

Seus pensamentos foram interrompidos pela voz de Fernando, que aproximou-se ligeiramente estressado.

— Credo, pai. – Alejandro arregalou os olhos. – A menina era tão ruim assim? Não durou nem 10 minutos.

— Nunca vou saber. – disse mal humorado. – Me apresentei, ela disse que "não" e saiu correndo do quarto, feito uma maluca. – Christopher o olhou. – Vou conversar com o Naddeo. Que tipo de mulheres ele selecionou?

— Deve ser novinha. – Rafael opinou. – Telma não tem mulheres que fogem da raia assim.

— Telma? – Christopher se viu obrigado a entrar no assunto. 

— É, as meninas são todas dela. – Daniel contou. – Telma Muller, sabe quem é, não é?

— Claro. Não tem uma lista dessas meninas?

— E precisa de lista? – Alejandro riu. – É só olhar e comer.

— Preciso de um whisky. – Fernando bufou ao dizer. – A ruiva me deixou irritado.

— Ruiva? – Christopher arregalou os olhos.

— Era a única que vi por aqui. – Fernando comentou. – O cabelo vermelho forte, meio fogo, sabe? Tinha o corpo lindo.

— Pra onde ela foi? – desesperou-se. – Em que quarto estavam?

— Eu não sei. – estranhou. – Fui para o quarto dois, mas ela saiu de lá. Você a conhece, por acaso?

— Merda! – o arquiteto saiu correndo dali.

— Christopher! – Fernando gritou. – Ficou doido?

— Eu já volto. – Daniel saiu logo atrás do homem.

— O que? Daniel! – assustou-se com a atitude do filho.

— Christopher! – Daniel gritou, a ponto de alcançar o homem. – O que houve, cara? Ficou louco?

— Qual é o quarto? – abriu as portas com pressa.

— Cara, qual o seu problema? – confuso.

— Dulce. – mirou o homem. – Era a Dulce.

— Que Dulce? – franziu o cenho, e logo arregalou os olhos. – O que? Você ficou doido de vez! Brother, para com essa coisa. Minha irmã não...

— Shii. – franziu o cenho.

— O que? – Daniel o olhava, completamente perdido.

Não, não! Me deixa ir! – a ruiva gritava. – Me deixa ir! Me solta! Me... deixa... ir!

— Alguém pode me dizer o que é que está havendo? – Fernando reclamou, aproximando-se com Rafael e Alejandro. – Por que estamos correndo feito loucos? Eu não tenho mais coordenação motora pra isso. Qual o problema de vocês?

— Dulce! – Christopher seguiu a voz da ruiva, abrindo a porta do banheiro em seguida. – Dulce!

Não! – ela seguia tentando se soltar, enquanto o tio a forçava a abrir as pernas.

— Antonio? – Fernando arregalou os olhos ao ver o irmão.

— Dulce? – Alejandro parou de andar no mesmo instante, enquanto os irmãos mal conseguiam abrir a boca.

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora