Parte 106

335 38 15
                                    

28 de Novembro de 2014 – Botafogo – Rio de Janeiro, Brasil

Dulce saiu da reunião às seis horas em ponto, voltou para a sala e ficou surpresa ao notar que Andreza já não estava mais ali.

Pegou a bolsa, deixou o caderno na gaveta e desligou o computador; o celular tocou em seguida.

— Fala, Anahí! – riu ao atender a loira.

— Diz que sim! – implorou. – Anda, vai!

— Eu disse que o Christopher nem me respondeu mais. – apagou a luz da sala. – Não sei nem se ele vem me buscar.

— Ele vai! – Poncho gritou ao fundo.

— Ele sempre vai! – Anahí complementou. – Você sabe que ele vai.

— Eu espero que sim. – a morena riu ao falar. – Mas mesmo que ele venha, ainda vou precisar convencê-lo.

— Você faz isso fácil, fácil. – a loira girou os olhos. – Já estou chegando com o Poncho, tudo bem? Vê se não demora!

— Você é fogo, Anahí. – desceu as escadas até a recepção. – Escute bem o que eu estou dizendo: você é fogo!

— E vamos nos divertir assim! – rebateu. – Te espero daqui a pouco! Um beijo, cunhada!

— Está bem. – cedeu. – Um beijo... – parou no final da escada e encarou a cena à sua frente.

Christopher estava confortavelmente no sofá da recepção, acompanhado de Andreza, pareciam entretidos em tal assunto.

A morena guardou o celular na bolsa e aproximou-se, cruzando os braços ao ficar ao lado dos dois; então pigarreou.

— Não faça essa cara, Dulce Maria. – a loira levantou-se. – Seu noivo é muito legal para você mantê-lo escondido assim.

— Você, dona Andreza, é muito abusada. – fingiu seriedade. – Realmente muito abusada.

— Eu faço o que você não faz. – ela deu de ombros. – Em dez minutos com o Christopher, eu já resolvi muito mais do que você sequer pensou para o casamento de vocês.

— Até o seu vestido. – ele comentou pela primeira vez. – É bem bonito.

— E você dá corda pra ela, né? – bateu no ombro dele. – Estou falando que ela é abusada!

— Eu penso no que é melhor pra você, porque sou uma amiga mais inteligente, mais deslocada, e principalmente, muito mais rápida do que você. – piscou. – Você ainda vai me agradecer.

— Tome jeito, Dê! – abraçou o noivo de lado.

— Christopher vai te contar tudo o que planejamos. – disse orgulhosa. – E aliás, falei pra ele que nós precisamos marcar uma saída. Vamos esperar a Marce se acostumar aqui e aí marcamos algo.

— "Festa" é seu sobrenome. – Dulce girou os olhos. – É impossível te fazer parar.

— Christopher me apoia. – beijou a bochecha da amiga. – Te vejo na segunda, tá?

— Sim, maluca. – sorriu pra ela. – Vê se não apronta no fim de semana, hein?

— Isso vai contra a minha natureza. – a loira justificou-se e despediu-se rapidamente do arquiteto. – Christopher, marca pressão em cima dela, hein?

— Pode contar com isso. – ele brincou.

— Tchau, casal. – mandou-lhes um beijo no ar e deixou a recepção.

— Ela é impossível. – riu, negando com a cabeça enquanto a loira se distanciava cada vez mais. – Vamos também?

— E meu beijo? – olhou-a.

Leblon após às 22hOnde histórias criam vida. Descubra agora